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Auricchio diz que Thiago não vai se escorar no nome da família

Para prefeito de S.Caetano, filho, pré-candidato a estadual, é capacitado tecnicamente ao cargo

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/07/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB) afirmou que seu filho, Thiago Auricchio (PR), vai se colocar como candidato a deputado estadual com bandeira de defesa da região e que utilizar o nome da família será o último argumento que lançará mão para convencer o eleitorado.

Ao Diário, Auricchio admitiu que, inicialmente, foi contrário ao projeto eleitoral do filho neste momento. Thiago tem 25 anos, recém-formado em Direito. “Como pai, queremos que nossos filhos se preparem da melhor forma possível do ponto de vista acadêmico. O Thiago acabou de passar no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a minha expectativa era que ele fosse estudar no Exterior. Mas ele entendeu estar pronto para servir a população do Grande ABC. Ele tem opinião própria, como homem, advogado e cidadão que é. Virei apoiador.”

Desde garoto, Thiago acompanhou o pai na política – há diversas fotos dele em comícios de Auricchio nas campanhas de 2004 e 2008, quando ele concorreu, e venceu, no pleito ao Palácio da Cerâmica. No ano passado, intensificou seu trabalho político no gabinete do deputado federal Alex Manente (PPS), com quem fará dobrada prioritária.

“Ele é estudioso das questões do Grande ABC. Está fazendo trabalho dele. Acorda cedo, dorme tarde, eu quase não o vejo. Tem se dedicado muito às questões do Grande ABC, isso me estimula muito. Tem procurado pessoas com expertise na região e material técnico”, discorreu Auricchio. Indagado sobre o fato de Thiago se escorar no sobrenome famoso na política são-caetanense, o prefeito refutou a tese. “A última bandeira que ele vai querer carregar é essa. Logicamente tem orgulho de ser da família, mas a candidatura dele é muito acima disso.”

Thiago é a aposta do grupo governista para encerrar um jejum que dura 12 anos. A última vez que uma figura oriunda de São Caetano se elegeu deputado foi Marquinho Tortorello (Pros), filho do prefeito Luiz Olinto Tortorello (morto em 2004). Marquinho conquistou cadeira na Assembleia Legislativa em 2002, na esteira da popularidade do pai, e ficou na Casa até 2006 – naquele ano fracassou no projeto de reeleição.

O nome do republicano será confirmado hoje pelo PR na corrida eleitoral, durante convenção do partido. “São Paulo vai conhecer o nosso estilo, a forma como tratamos Saúde e Educação em nosso município. Quero ser a voz do Grande ABC na Assembleia. Tenho minha juventude, minha garra e apoio de um grande grupo de pessoas. Quero fazer a diferença na Assembleia”, afirmou Thiago.


Pio Mielo vislumbra apoio de vereadores aliados a Palacio

Coordenador da pré-campanha de Thiago Auricchio (PR) a deputado estadual, o presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (MDB), acredita ser possível convencer os vereadores Ubiratan Figueiredo e César Oliva, ambos do PR, a apoiarem o filho do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

A dupla, embora esteja no mesmo partido de Thiago, não caminha com o jovem político – está ligada ao ex-prefeiturável Fabio Palacio (PSD). Para Pio, o fato de Palacio declarar que será candidato a deputado federal abre caminho para a construção de uma parceria.

“Na política eu não peco pela omissão ou sou pautado pelo ‘não’ antes de recebê-lo. Tenho grande carinho e respeito pelo Ubiratan e César. São vereadores atuantes. Votaram em mim para presidente (da Casa) e nutrimos respeito mútuo. Respeitei esse processo de decisão da coligação a qual eles se elegeram (junto com Palacio, à época candidato a prefeito pelo PR). A partir do momento que um cenário que se desenhava não se confirmou (de Palacio vir a estadual), é meu papel convidar e dialogar e tentar construir ponte para campanha do Thiago. Estão no mesmo partido. O ‘não’ eu já tenho”, disse.

O emedebista se mostra entusiasta da possibilidade de vitória de Thiago, apesar do pequeno número de eleitores de São Caetano. “Há trabalho forte em 140 municípios. Não é candidatura para medir a febre eleitoral. É para eleger”, avaliou.
 




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