Empresa foi alvo de investigação em 2016 em licitação feita pelo Paço
A GreenLine Saúde, que teve problemas em licitação realizada em 2016, apresentou a melhor proposta e deve ser homologada no certame para escolher nova prestadora de serviços de saúde para os servidores públicos de Santo André.
O processo, conduzido pelo IPSA (Instituto de Previdência de Santo André), foi realizado na quarta-feira e teve a operadora como vencedora. A assinatura do novo contrato, no entanto, ainda depende de um recurso apresentado pela segunda colocada, a Intermédica, do Grupo Notredame, atual contratada do Paço.
A GreenLine já foi acusada de utilizar documentos falsos em licitação aberta pelo IPSA, em 2016. A companhia acabou eliminada do processo, vencido pela Intermédica, para a prestação dos serviços de Saúde aos servidores pelo período de um ano, para o atendimento de 27 mil beneficiários – entre servidores e dependentes.
A descoberta da falsificação ocorreu em março de 2016 e foi aberto inquérito para investigar as responsabilidades do caso. Segundo a investigação, um representante comercial apresentou duas cartas de acordo comercial, que traziam os laboratórios Casa da Esperança e Laboratório de Análises Clínicas Robert Koch como credenciados da rede da GreenLine. No entanto, as duas empresas alegaram que suas assinaturas foram falsificadas e que não fazem parte da rede de clínicas da operadora. O inquérito foi arquivado por não ter havido qualquer prejuízo ao erário – a GreenLine não chegou a receber dinheiro do IPSA.
De acordo com nota divulgada pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André, a diferença entre as propostas foi de R$ 1, sendo que a GreenLine apresentou o custo de R$ 159 por vida e a Intermédica fez proposta de R$ 160. O Sindserv também relatou que enxerga com preocupação a escolha da empresa.
“Ao tomar conhecimento da documentação da GreenLine, o sindicato vai analisar minuciosamente e fará as exigências necessárias, bem como cobrará da Prefeitura de Santo André que faça a parte dela e aumente o repasse para o IPSA, para garantir um atendimento melhor à saúde dos funcionários públicos.”
A GreenLine, por sua vez, também teve problemas em São Caetano, onde o governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) decidiu romper contrato no valor de R$ 25 milhões, celebrado em dezembro de 2016 pela gestão do então prefeito Paulo Pinheiro (MDB), para a gerência do plano de saúde dos servidores públicos do município.
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