O São Bernardo ainda não sabe quando vai enfrentar o Metropolitano-SC pela segunda fase do Brasileiro da Série D – as datas do mata-mata não foram definidas pela CBF –, mas tem conhecimento que enfrentará equipe com um dos piores ataques da competição (leia ao lado).

O fato ganha importância se levarmos em conta que o sistema defensivo do São Bernardo vem sendo o destaque da equipe. Vazado apenas três vezes, só não é melhor que o da Portuguesa-RJ, que sofreu um gol a menos.

Para o técnico Wilson Júnior, o São Bernardo soube disputar a primeira fase. “Tratamos cada jogo da fase de grupos como uma decisão. Entramos em cada partida com um alto nível de concentração. Os clubes conseguiram bons reforços para essa disputa, que vem correndo em nível muito forte”, avaliou o treinador.

A partir de agora, com o caráter decisivo da segunda fase, ele sabe que o time terá de evoluir para manter o sonho do acesso, que garantiria calendário completo ao clube a partir de 2018. “Vamos ter de aumentar nosso empenho e ter mais concentração. Agora, o time não pode atuar de qualquer jeito fora de casa. É preciso ter maior cuidado nos confrontos para se manter na briga. Vamos enfrentar time que está acostumado a disputar a Série D. Serão dois jogos muito difíceis”, projetou Wilson Júnior.

Como foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, o mata-mata da Série D é a única alternativa para o clube se manter com calendário nacional a partir de 2018. Caso seja eliminado, o Tigre não disputa a competição no ano seguinte e terá primeiro de retornar à elite do Estado antes de concorrer novamente a vaga.

Catarinenses têm parceria com o Joinville e um dos piores ataques

Assim como ocorreu com o São Bernardo, o Metropolitano não fez bom estadual e acabou rebaixado para a Segunda Divisão do Catarinense nesta temporada. Em comum entre os times está também a dificuldade financeira, que quase impediu os sulistas de disputarem a Série D do Brasileiro.

Alternativa encontrada pelo Verdão, como é chamado, foi recorrer à parceria com o Joinville, que emprestou cinco jogadores para que o clube não desistisse do torneio.
Curioso é que Metropolitano, segundo colocado do Grupo A-17 – três vitórias, um empate e uma derrota –, foi um dos clubes com o pior ataque da primeira fase. Em seis jogos, seus atacantes só balançaram a rede dos adversários em três oportunidades.