Setecidades Titulo 'Hospital de corredor'
Abertura do PS é aposta para livrar Nardini de fama de hospital de corredor

Reforma da unidade de Saúde de Mauá, iniciada
em 2015, será entregue no dia 8 de dezembro

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
24/06/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 O cenário de pacientes acomodados em macas espalhadas pelos corredores do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini, em Mauá, o que inclusive rende ao equipamento municipal o rótulo de ‘hospital do corredor’, ainda é desafio a ser superado. A triste realidade, constatada na manhã de ontem pela equipe do Diário e também pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB), durante vistoria, deve permanecer até o dia 8 de dezembro – aniversário da cidade –, quando está prevista a entrega do PS (Pronto-Socorro) da unidade de Saúde, cuja reforma foi iniciada em meados de 2015 e que deveria ter sido concluída há um ano.

Referência no atendimento hospitalar para Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o que compreende cerca de 600 mil habitantes, o equipamento de Saúde tem duas alas fechadas para reforma desde meados de 2015 – o PS e a maternidade, cujas obras também tiveram início em junho de 2015 e deveriam ter sido concluídas um ano depois – e, com isso, o atendimento dos cerca de 5.000 pacientes por mês para urgência e emergência e realização de 130 partos mensais, mantidos apesar das intervenções, precisaram ser remanejados para outras áreas do hospital. Soma-se a isso o fato de o Nardini operar com quase 100% de sua capacidade: tem 220 dos 250 leitos de internação ocupados.

“Os anos de administração do PT causaram isso (Oswaldo Dias entre 2009 e 2012; e Donisete Braga, de 2013 a 2016). Essa última parte onde nós finalizamos (a vistoria) é a área de retaguarda, exatamente o que é necessário para acabar com essa fama do Hospital Nardini de hospital de corredor. Faço isso periodicamente (visita aos equipamentos públicos). Ser prefeito não é só mostrar o que eu quero que você veja. É ir ao encontro dos problemas e buscar soluções”, justifica Atila.

O novo prazo de finalização da reforma corresponde à quarta data prometida à população. O projeto inicial previa entrega dos trabalhos em meados de 2016, período prorrogado para dezembro do mesmo ano e não cumprido. “Quando recebemos essa obra do governo anterior, ela estava paralisada. Conseguimos repactuar os prazos e estamos investindo recursos próprios para que a gente possa terminar”, observa o prefeito. A vontade do chefe do Executivo, evidenciada em oficio encaminhado à construtora Engecon ABC Construções e Empreendimentos Ltda em janeiro, era terminar a intervenção até o fim do mês, o que também não foi possível. “Está 85% concluído”, garante, após percorrer os 3.350 m² que estão em fase de instalação de ar-condicionado e demais acabamentos.

As obras no PS têm custo estimado de R$ 6,7 milhões, oriundos do governo do Estado. O prefeito, no entanto, não soube precisar o valor necessário para complementar as intervenções. “Estamos readequando isso com a Secretaria de Obras e com a empreiteira responsável”, diz. No local, são atendidas psiquiatria, ortopedia, cirurgia geral e ginecologia/obstetrícia (porta aberta), além de pediatria e clínica médica – casos graves (demanda referenciada da rede). O hospital passará a contar com Unidade de Internação de Retaguarda Clínica de Urgência, com 20 leitos.

MATERNIDADE

As obras na maternidade estão sendo realizadas pela B&B Engenharia e Construções Ltda. O investimento total será de R$ 5,3 milhões do governo federal e contrapartida municipal de cerca de R$ 326 mil.




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