Política Titulo Diadema
Lauro testa a força do G-12 e recoloca projetos
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
08/06/2017 | 07:00
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Hoje se desenha mais um embate entre o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e o G-12, grupo de oposição formado por PPS, DEM, PRB, PT e PR. Entram na pauta três projetos de interesse da Prefeitura e que vêm sendo adiados porque Lauro tem minoria no Legislativo e evita correr risco de sofrer derrota na Casa.

Os textos tratam sobre a possibilidade de parcelamentos de dívidas com a Prefeitura e redução de juros e multa aos inadimplentes; a nomeação de ouvidor para a Secretaria de Defesa Social; e a prorrogação de acordo para que o CAD (Clube Atlético Diadema) utilize o campo do Taperinha, na Vila Nogueira. As três matérias são contestadas pela oposição.

As propostas entram em pauta para os vereadores no momento em que o governo intensificou articulações para desfazer o G-12. A estratégia agora é atrair o PPS, que possui os vereadores Audair Leonel, Companheiro Sérgio Ramos da Silva e Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha. O diálogo é feito por Lauro diretamente com o presidente do PPS estadual, o deputado federal Alex Manente.

Caso o trio desembarque da oposição, Lauro voltaria a ter maioria na Câmara, mesmo que um quórum simples – para projetos mais complexos é necessário o apoio de dois terços dos vereadores. Em troca estão a possibilidade de retorno do presidente do PPS municipal, José Carlos Gonçalves, para o comando da Secretaria de Transportes, e a adesão de lideranças do governo à tentativa de reeleição de Alex à Câmara Federal.

Dentro do G-12 há o temor de o bloco se desfazer. Por isso, líderes dessas alas se reuniram nesta semana para buscar a manutenção da união dentro da oposição a Lauro – há otimistas dizendo que não existe chance de fim do grupo. Um integrante do G-12 declarou, sem se identificar, “que se alinhar ao governo neste momento seria assinar atestado de óbito político”. O argumento é que a gestão verde passa por momento delicado por não ter capacidade financeira e por ter estourado o limite de pagamento da folha salarial pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Por outro lado, há integrantes do G-12 incomodados, principalmente os novatos eleitos dentro do arco de aliança de Lauro (DEM e PPS estavam na coligação que defendeu a reeleição do prefeito), porque havia expectativa de indicação de ao menos uma dezena de cargos em postos no segundo e terceiro escalões do Executivo. O clima estremeceu principalmente quando foi revelado que petistas derrotados na última eleição foram abrigados em gabinetes de deputados estaduais do partido, diferentemente de aliados de outros partidos do G-12. 




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