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Mulher assume comando da General Motors do Brasil
Por Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
23/06/2010 | 07:06
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O comando da General Motors anunciou ontem reestruturação com a criação de comando exclusivo para a América do Sul . Há cerca de três anos dirigindo a GM no Brasil e Mercosul, Jaime Ardila foi designado para assumir toda a região. No País, a presidência passa para Denise C. Johnson, que deixa a vice-presidente de relações trabalhistas da GM nos Estados Unidos.

Norte-americana, Denise será a primeira mulher a comandar a filial brasileira - a segunda maior operação da General Motors fora dos Estados Unidos. Ela assume o posto no dia 1º.

Com as mudanças, Ardila poderá se dedicar mais a operações industriais na Argentina, Colômbia, Equador e Venezuela, assim como as atividades de vendas na Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. Ardila responderá diretamente ao chairman e CEO da GM, Ed Whitacre - indicado por Barack Obama para reerguer a multinacional.

A direção sul-americana ficará em São Caetano. "A prioridade do Jaime é garantir o melhor para nossos clientes nesta importante região em crescimento," disse Whitacre, em comunicado.

A separação da América do Sul, onde o Brasil tem peso de mais de 70%, pode ser considerado como ajuste fino depois da decisão de concentrar todo o comando internacional da GM, fora dos Estados Unidos, na China.

A direção da montadora avaliou que a GM pode aproveitar melhor o crescimento na América do Sul com foco na região, mas sem deixar de usufruir da estrutura global no planejamento e desenvolvimento de veículos e inovações tecnológicas.

Para a empresa, Ásia, Oriente Médio e Rússia podem também podem estreitar a sinergia com a China pela similaridade de produtos. Fuso horário e distância vinham causando desconforto entre China e Brasil, com reuniões varando as madrugadas.

Um dos jovens quadros da nova GM, Denise está mais alinhada com a proposta administrativa de Whitacre, que acabou, nos Estados Unidos, com a cultura GM de tomar decisões internas por colegiado - o que levou a extinção de vários postos de comando.

A nova presidente deverá impor a mesma filosofia no Brasil, onde cada cargo de comando vai ter que assumir os riscos por acertos e erros - o resultado passa a ser individual e não coletivo. Com isso, a empresa quer corrigir erros e acelerar o desenvolvimento sem abrir mão da prioridade nos resultados financeiros.




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