O CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) manifestou preocupação com o agravamento contínuo da crise humanitária no Iraque, sobretudo em termos médicos, e pediu a todas as partes que protejam os civis. "Para nós está claro que a situação humanitária se deteriora regularmente e afeta hoje em dia, de uma ou outra forma, todos os iraquianos, direta ou indiretamente", declarou à imprensa o diretor de atividades do CICV, Pierre Krähenbül.

"Proteger a população civil iraquiana é uma prioridade fundamental e deveria ser a prioridade de todos", acrescentou, ao mesmo tempo que pediu a todas as partes no conflito que respeitem o direito internacional humanitário e não ataquem os civis. "Todas as partes, incluindo a força multinacional, devem fazer muito mais para proteger os civis", insistiu.

Krähenbül destacou que a deterioração das condições de segurança tem um impacto no sistema de saúde, já que 50% dos médicos fugiram do país. Além disso, muitos feridos têm a tendência de não procurar atendimento médico por medo de seqüestros no momento em que seguem para os hospitais ou até mesmo durante a internação.

Outros simplesmente se recusam a abandonar as famílias em situações de desespero. "O sofrimento que os homens, mulheres e crianças do Iraque sentem atualmente é insuportável e inaceitável", protestou. "Sua vida e dignidade são ameaçadas permanentemente", concluiu.