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Corinthians derruba Luxemburgo
Eduardo Merli
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
13/12/2001 | 00:03
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Vanderlei Luxemburgo não é mais o técnico do Corinthians. A reformulação do elenco realizada após a perda do título da Copa do Brasil – considerada radical pela diretoria – somada à campanha ruim no Campeonato Brasileiro (ficou em 18º) provocou a saída do treinador. A demissão foi anunciada ontem à tarde pelo vice-presidente de Futebol, Antonio Roque Citadini.

Junto com Luxemburgo foram dispensados todos os outros integrantes da comissão técnica alvinegra: Heron Ferreira (auxiliar-técnico), Cantarelli (treinador de goleiros), Luiz Henrique de Menezes (gerente), Antonio Mello (preparador físico) e Álvaro Peixoto (auxiliar de preparação física).

O nome mais provável para assumir o comando técnico alvinegro é o de Oswaldo Oliveira. Ele é o preferido da direção corintiana pelo trabalho que realizou na conquista do Campeonato Brasileiro de 1999 e do Mundial da Fifa em 2000. Oswaldinho, como é carinhosamente chamado no Parque São Jorge, dirigiu o Fluminense no Brasileiro e também pode renovar com o time das Laranjeiras. Ele é sondado ainda por Santos e Palmeiras, embora o próprio Oswaldo não confirme ter recebido propostas desses dois times.

Análise – Citadini explicou que nos últimos cinco dias o clube fez uma ampla avaliação de tudo o que aconteceu no segundo semestre e, em cima disso, definiu-se a troca de toda a comissão. “A avaliação demonstrou nossos erros e, por isso, decidimos tomar essa atitude”, afirmou o vice corintiano. “Optamos por fazer agora porque estamos num período adequado para mudanças, fim de ano”. O dirigente não quis explicar o porquê das demissões em massa na comissão técnica, mas já era totalmente conhecido o desafeto entre ele e Luxemburgo após a derrota na final para o Grêmio na Copa do Brasil.

Conturbada – Depois de cair em desgraça na Seleção Brasileira e ser demitido após a eliminação nos Jogos Olímpicos de 2000, Luxemburgo voltou ao Corinthians para a disputa do Paulistão 2001, quando a equipe estava ameaçada de rebaixamento. Com dez vitórias seguidas, levou o time à fase final e depois ao título. Em meio à processos e acusações de sonegação de impostos entre outros crimes, o técnico seguiu com a equipe no Brasileiro, na qual mandou dez jogadores embora com o intuito de renovação. A mais polêmica foi do meia Marcelinho Carioca, que foi para o Santos. Daí para frente, o alvinegro afundou na Copa Mercosul e no Brasileirão.

Citadini disse que reformas radicais de renovação como as de Luxemburgo “nunca mais serão feitas”. Entretanto, o cartola confirmou que o clube deverá manter a política de só contratar jogadores jovens.




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