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Saiba se o combustível é adulterado
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
07/12/2004 | 10:28
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Preços dos combustíveis abaixo do estabelecido pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), ausência de bandeira, má aparência e instalações precárias. Esses são alguns aspectos observados em postos que vendem combustíveis adulterados, portanto, constituem indícios que devem orientar os consumidores que não querem ser enganados. Estatísticas do Regran (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Grande ABC) mostram que nessa época do ano é maior a tendência de venda de combustível adulterado. "As denúncias aumentam próximo às festas de fim de ano, por isso, aumentamos a fiscalização.", diz o presidente do Regran, Marcos Campagnaro.

Preço regular do combustível e bandeira conhecida em um posto não garantem qualidade do produto vendido. De acordo com o presidente do Regran, alguns estabelecimentos renomados vendem gasolina cara e adulterada. Para evitar o problema, a orientação é que os usuários abasteçam sempre no mesmo posto e dêem preferência a estabelecimentos onde o proprietário geralmente está presente. "É bem mais fácil para o motorista saber se o combustível está adulterado abastecendo em um único posto. Se o dono é encontrado com regularidade, também é mais difícil registrar fraudes", ensina.

Ao notar alteração no funcionamento do carro, como perda de desempenho e rendimento, o motorista deve solicitar ao posto onde abasteceu pela última vez uma análise do combustível. Segundo a ANP, os estabelecimentos são obrigados a fazer os testes de qualidade de combustível na hora para o cliente, e mostrar o laudo com as características do produto da companhia distribuidora. 

Se for constatada adulteração, o motorista deve denunciar o posto à ANP, à polícia e aos órgãos de defesa do consumidor. Para isso, é importante que tenha nota fiscal em mãos. No caso de querer mover ações judiciais contra o estabelecimento para pleitear ressarcimento por possíveis avarias, o consumidor deve provar os danos por meio de perícia técnica.
 
Teste - O estabelecimento deve possuir o kit de análise de qualidade, que é composto por duas provetas, uma de 100 ml e outra de 1 litro; dois densímetros -, um para petróleo e seus derivados e outro para álcool e suas misturas com água; e termômetro. O kit é exigência da ANP. Os equipamentos devem conter certificado do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial). Além disso, o posto deve ter uma tabela de conversão, onde é encontrado o valor da massa do combustível de acordo com a densidade e a temperatura. 

Os combustíveis que mais apresentam irregularidades são diesel e gasolina. No álcool, é mais difícil encontrar adulteração porque qualquer solvente utilizado custa mais que o próprio produto.




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