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Mauá só terá campus da
UFABC a partir de 2015
Por Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
29/07/2011 | 07:00
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O reitor da Universidade Federal do ABC, Helio Waldman, colocou fim às expectativas dos mauaenses de ter um campus da instituição em funcionamento na cidade já no próximo ano. "Antes de 2015 será impossível iniciar as aulas em Mauá", afirmou.

A UFABC descartou começar as atividades em prédios provisórios, prática adotada em Santo André e São Bernardo para facilitar e agilizar o acesso dos estudantes às vagas públicas no Ensino Superior.

Waldman disse que a decisão foi tomada pelo Conselho Universitário, instância máxima da UFABC, que reúne professores, alunos, funcionários e sociedade civil. Assim, a universidade só abrirá as portas em Mauá quando o campus for construído. Mas o terreno que abrigará os prédios sequer foi adquirido.

A área escolhida, às margens da Avenida Papa João XXIII, no Parque São Vicente, pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social, avaliada pela Caixa Econômica Federal em R$ 50,2 milhões. A UFABC ofereceu R$ 34 milhões. Novo estudo está sendo realizado pelo banco federal para definir o preço do terreno, que mede 130 mil metros quadrados. Não há prazo para a conclusão do trabalho.

Depois de adquirida a área, será preciso definir o projeto arquitetônico, licitar e contratar a obra. Nos cálculos de Waldman, o processo levaria um ano. A construção consumiria pelo menos mais dois. "Sempre há atrasos e imprevistos. Por isso, quando falamos em 2015, estamos fazendo previsão bastante otimista."

O campus de Santo André, erguido na Avenida dos Estados, abriga 5.000 alunos. Em São Bernardo, cerca de 800 estudantes frequentam as aulas em local provisório, no antigo Colégio Salete, no Centro.

A UFABC oferece 1.700 vagas por ano nos bacharelados de Ciência e Tecnologia e Ciências e Humanidades.

Para o reitor, a oferta atual fez com que a expansão perdesse a urgência. Waldman relembrou o início das atividades em Santo André, em 2006. "Naquela época, a região não tinha sequer uma vaga pública no Ensino Superior. A completa falta de opção justificava a pressa em iniciar as aulas, mesmo em instalações precárias. Hoje, não há essa necessidade."

O reitor frisou que oferecer aos demais campi infraestrutura definitiva e equivalente à sede é uma das prioridades da UFABC.

De 2006 a 2009, a universidade registrou altos índices de evasão. Cerca de 40% dos alunos matriculados no período desistiu no primeiro ano de curso. A falta de estrutura - laboratórios e o refeitório ainda estavam sendo erguidos em Santo André - foi um dos principais motivos para o abandono.

 

MEC autorizou abertura de 400 vagas no município

O Ministério da Educação autorizou a abertura de 400 vagas da Universidade Federal do ABC em Mauá. O parecer, publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira, causou mal-estar entre alguns representantes do Conselho Universitário. A UFABC se apressou em publicar nota de esclarecimento no site da instituição, dizendo que ainda não havia deliberado a criação do campus em Mauá.

O comunicado foi assinado por Waldman. Ao Diário, o reitor disse que "alguns setores" não entenderam bem o parecer. "É uma simples autorização, não determinação. Nós temos autonomia para decidir como e quando fazer. Nunca houve manifestação do conselho contra a implementação. Só pediram cautela", afirmou.

A Prefeitura de Mauá, que desde 2009 pleiteia a instalação do campus, não quis comentar o caso.




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