Ele desperta um sentimento contraditório. À primeira vista, rompe com a tradicional discrição da Volvo. Em um segundo momento, porém, essa ruptura destaca o modelo por trazer elementos inovadores.

Assim é o C30, compacto premium da Volvo cuja principal missão é incrementar as vendas da marca no Brasil. “Ele será um produto de volume e, com isso, pretendemos saltar de 441 unidades vendidas no ano passado para 600 neste ano”, afirma o diretor Marcos Saade.

Importado da Bélgica, chega mais barato que seus concorrentes Audi A3 (a partir de R$ 99.850) e BMW Série 1 (começa em R$ 124 mil). A versão com motor 2.0 de 145 cv de potência e câmbio manual custa R$ 89.933. O 2.4 automático de 170 cv (a principal aposta entre as versões) sai por R$ 113.900 e o 2.5 T5 de 220 cv automático por R$ 133.900.

O C30 não foi concebido como um carro, mas como um estilo de vida. Prova disso são os elementos esportivos que o compõem, inspirados em roupas de surfe, pranchas de snowboard e skates.

O resultado foi uma traseira ousada, cujo destaque fica por conta da área envidraçada da porta do bagageiro e da lanterna, formada por uma única peça.

Na cabine, o painel central é diferenciado; a parte de trás é vazada. Na traseira, passageiros mais altos sofrem com o teto baixo e a falta de portas. O carro possui quatro assentos individuais.

A dirigibilidade do veículo, aliada à direção eletro-hidraulica, agrada. O motor 2.0 de 145 cv e torque de 18,9 kgfm a 4.500 rpm responde bem, mas demora um pouco para ganhar velocidade.