Política Titulo Santo André
Aníbal: PT sangra com o Mensalão

Em apoio a Aidan Ravin, secretário do governo Alckmin diz
que Santo André tem de evitar retorno petista à administração

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/10/2012 | 07:00
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Iniciando a peregrinação do governo estadual em apoio ao prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, o secretário de Energia da gestão Geraldo Alckmin, José Aníbal (PSDB), sustentou ontem que o eleitorado tem de evitar o retorno do PT ao Paço, o qual comandou por 16 anos.

Para o tucano, a cidade não pode cair na tentação de um partido que "sangra o País" por meio de escândalos de corrupção. "Sangra no Mensalão, na postura de campanha e leva temor às pessoas."

Aníbal afirmou que o PT de maneira geral faz política criando ambiente de medo na população. A crítica, segundo o secretário, está ligada à questão de os petistas usarem o poder em benefício próprio. "É só roubalheira, (escândalo do) Mensalão. Isso não dá mais", disse, ao completar que o PSDB estadual se empenhará a partir de agora pela reeleição de Aidan.

O secretário assegurou, entretanto, que Santo André é cidade-chave pela importância no contexto político do Estado. Aidan é aliado de Alckmin e, em caso de vitória no segundo turno, o governador teria palanque de peso para fazer campanha à sua reeleição, em 2014, impedindo a formação de cinturão vermelho no Grande ABC. "Certamente Santo André é muito importante, só que estamos apoiando o candidato em Diadema (Lauro Michels, PV e ex-tucano), que tem todas as chances de ganhar a eleição."

 

O PSDB era vice do prefeiturável Raimundo Salles (PDT), que fechou o pleito como terceiro colocado. Com a derrota dia 7, a chapa majoritária se dividiu - Salles apoia Carlos Grana (PT). O pedetista não contou com a participação efetiva do tucanato de São Paulo nas atividades de campanha no primeiro turno. Com isso, o partido não agregou à candidatura do PDT.

Aníbal avaliou que a falta de adesão se deu porque o PSDB entrou na disputa em que as condições de sucesso eram "muito limitadas". "Campanha é ato de escolha. Fui em 60, 70 cidades, mas não tive tempo de vir aqui."

Aidan vê nesta segunda etapa da campanha vontade de lideranças partidárias em entrar no processo, dispostos a contribuir na reeleição. O petebista citou que a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP) fará caminhada hoje no calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, além da participação do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB), que no primeiro turno aderiu à candidatura do prefeiturável Nilson Bonome (PMDB). O prefeito considerou que o parlamentar escolheu inicialmente dar apoio pela ligação. "Tinha mais proximidade com o Nilson do que comigo. Optou pela amizade e não pelo partido."

O apoio de Alckmin será abreviado. A atividade que seria neste fim de semana ficará somente para quinta-feira. Havia confirmação de que o tucano viria duas vezes para Santo André. Mesmo assim, Aníbal esboçou confiança na ajuda. "Ele está aqui para arrematar (a eleição), porque o Aidan está bem avaliado."

 

Petebista prevê evolução com ‘exército'

Candidato à reeleição, o prefeito Aidan Ravin (PTB) prevê evolução nos números com o exército de aliados na rua em campanha. O petebista avaliou ontem que é perfeitamente possível reverter o quatro de 10,7 pontos percentuais em que aparece atrás do adversário Carlos Grana (PT). "Podemos fazer isso (alcançar a virada) trabalhando com intensidade na campanha." Na pesquisa do Diário, a primeira do segundo turno, Aidan está com 33,7%, enquanto o petista registra 44,4%.

A confiança do prefeito baseia-se na margem de erro do levantamento, de três pontos percentuais. "Se contabilizarmos essa margem, já diminui para 5%, ou até 4%. Assim, dá para brigar tranquilo. Agora é campanha, não podemos parar e ficar pensando em pesquisa."

Aidan alegou, contudo, que há estratégia diferenciada para a reta final da campanha. Porém, não adiantou suas pretensões na oportunidade. "Não posso falar (a tática), mas já estamos colocando a campo", disse o chefe do Executivo. O desembarque do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), em Santo André na quinta-feira é a principal carta na manga até agora. Fora isso, ele tem usado como mote da campanha o escândalo do Mensalão e a formação de frente antiPT.




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