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Michels diz que PT adota 'monarquia disfarçada'
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/10/2012 | 07:13
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O prefeiturável do PV de Diadema, Lauro Michels, disse que o PT tem adotado discurso de críticas e desconstrução de sua imagem porque está "descontrolado e apavorado com a possibilidade de perder o poder na cidade". "É ganância de uma monarquia disfarçada de democracia."

Michels questionou os 30 anos de governos do mesmo grupo em Diadema. A sequência de gestores petistas começou em 1983, quando Gilson Menezes assumiu o Paço. Em 1989, o então petista José Augusto da Silva Ramos (hoje no PSDB) foi prefeito e sucedido por José de Filippi Júnior (PT) quatro anos depois. Em 1997, Gilson, pelo PSB, retornou ao poder, passando a principal cadeira do município para dois mandatos consecutivos de Filippi. Mário Reali (PT) foi o último chefe do Executivo da linhagem petista.

"Eles (petistas) querem implementar monocracia em Diadema. Não aceitaram o povo escolher nova liderança para concorrer com eles no segundo turno. Não estavam preparados que poderia existir uma pessoa que iria se contrapor a eles. Sempre disseram que eu não iria passar de 5% (nas intenções de voto). Pareço massa de bolo. Quanto mais batem, mais cresço", disse o verde, que recebeu 94.562 votos no dia 7 (41,92% da votação válida).

O candidato do PV tem reclamado da postura dos petistas de ataques à sua empreitada. No sábado, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior (PT), chamou Michels de "pastel de vento". No dia 7, Filippi classificou o verde como "playboyzinho que queria governar Diadema". "Só estou sendo xingado e atacado. Não quero discutir se sou pastel de vento ou playboy. Estou decepcionado com o Filippi, que é amigo da minha família. Não xingo ninguém. Falo da atual gestão, da atual administração, do governo e das pessoas que não souberam administrar nossa cidade."

Ontem, Michels percorreu os centros comerciais dos bairros Serraria, Inamar e Eldorado em cima de caminhão de som. Durante a atividade, o verde garantiu que iria adotar a Operação Delegada da Polícia Militar, que permite ao policial trabalhar nas horas de folga.

No meio do ato, encontrou com apoiadores petistas e foi hostilizado. "Sei que vocês estão recebendo dinheiro para panfletar para o lado de lá, mas no dia 28, no reservado das urnas, vão votar 43", afirmou, em alusão ao número eleitoral do PV.

Michels também teceu críticas à falência da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), à cessão de parte da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) para a Sabesp, ao fim da integração gratuita nos terminais Diadema e Piraporinha e ao fechamento do pronto atendimento da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Canhema, popularmente conhecido como Hospital Infantil.

 

Nove candidatos do PPS declaram apoio ao prefeiturável do PV

Nove candidatos a vereador pelo PPS, que integrou o arco de alianças do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), declararam apoio ao prefeiturável do PV, Lauro Michels. Somados, os aspirantes à vereança receberam 3.220 votos no dia 7.

Segundo os populares-socialistas, a mudança decorre de falta de projetos do candidato à reeleição pelo PT. "Queremos algo melhor para nossa cidade. E não estamos satisfeitos com o atual governo", discorreu Dimas Corsi (PPS), que recebeu 1.011 votos.

Além de Dimas, o grupo conta com Tininha, Izabel dos Santos, Chapolin, Osmano Moreira, Pastor José Nunes, Pastor Rajada, Mercedes Pessoa e Valdecir Cowboy. De acordo com o bloco dissidente, outros candidatos estão dispostos a endossar a campanha de Michels no segundo turno. "Só apoiamos o Mário porque somos partidários e tínhamos compromisso no primeiro turno. Agora zerou tudo", garantiu Dimas.

O PPS não elegeu nenhum vereador para a próxima legislatura, nem mesmo o atual parlamentar João Pedro Merenda. Coligado com o PR a pedido do prefeito, viu os republicanos emplacarem quatro nomes à Câmara de Diadema: Talabi Fahel, José Zito da Silva, o Zezito, Reinaldo Meira e Luiz Paulo Salgado. RR




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