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Heloísa Helena considera 'impossível' ser expulsa do PT
Do Diário OnLine
13/05/2003 | 10:23
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A senadora Heloísa Helena (PT-AL) afirmou nesta terça-feira que considera “impossível” a possibilidade de ser expulsa do partido e garantiu que, mesmo com a advertência da Executiva Nacional, continuará a discutir o mérito das propostas que o governo federal envia ao Congresso Nacional. “Acho impossível que isso (expulsão) aconteça”, afirmou a parlamentar, que ainda ressaltou que apresentará quantas emendas forem necessárias para encaixar os projetos do governo aos moldes do Partido dos Trabalhadores.

“Acho impossível que isso aconteça. Só se quiserem realmente rasgar o estatuto do partido, tudo é possível. Vou lutar com todas as minhas forças e fazer o debate, como deve ser feito, na comissão de ética, para que isso seja efetivamente impedido. Vou continuar discutindo o mérito das propostas, porque ninguém vai tirar o meu mandato. Vou apresentar tantas emendas quantas forem necessárias e usar o regimento da forma que for necessário para fazer uma reforma tributária que não seja uma suposta simplificação de imposto, mas que possa significar visão de federalismo cooperativo, e não competitivo”, afirmou a senadora em entrevista à Rádio CBN.

Na segunda-feira, em reunião em São Paulo, a Executiva Nacional do PT decidiu abrir processo de expulsão contra três parlamentares da ala radical que ameaçam não seguir a orientação do partido na votação das propostas de reformas tributária e previdenciária. Além de Heloísa Helena, podem ser expulsos os deputados federais João Batista Araújo (PA), o Babá, e Luciana Genro (RS). Lindbergh Farias (RJ) foi poupado.

A partir de agora, o Conselho de Ética do PT terá entre 30 e 60 dias para elaborar um parecer opinando sobre a necessidade de expulsão dos parlamentares. Em seguida, o relatório será votado pelo partido. Mas o presidente do PT, José Genoino, sustenta que os parlamentares ameaçados de expulsão poderão permanecer no partido, desde que assumam o compromisso público de votar de acordo com a decisão da direção petista.

“Eles devem participar do debate, mas se comprometer a votar com o partido. Se o partido muda de posição ou mantém, eles devem obedecer as decisões. O partido não é estático. São propostas aprovadas pelo partido desde 1996, no programa que elegeu Lula e na resolução do Diretório Nacional em março”, afirmou também em entrevista à CBN.

“O debate é livre, mas a unidade de ação é fundamental. Conviver com o contraditório tudo bem, mas conviver com a desobediência não. O PT nunca abriu mão da fidelidade partidária e esses companheiros aprovaram o estatuto do partido”, acrescentou Genoino.

Ele também afirmou que as medidas tomadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva são as mesmas previstas no programa de governo. O presidente do PT disse que o partido sempre defendeu a previdência universal pública, com piso de um salário-mínimo e teto de dez mínimos, e procurou esclarecer a cobrança dos inativos. “Quando votamos contra a proposta do presidente Fernando Henrique de cobrança de inativo foi porque não tinha piso. A nossa proposta estabelece piso de R$ 1.058”, esclareceu.




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