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Casal da região morre após ser amarrado e incendiado
Por Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
16/05/2005 | 12:05
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Um casal de jovens da região foi incendiado na madrugada de domingo numa praça abandonada da Vila Califórnia, zona Leste da capital. A secretária Caroline Bonomi, 23 anos, de Santo André, não resistiu e morreu na tarde de domingo no Hospital Municipal do Tatuapé. O namorado, Rafael Tiago Sartori, 22 anos, de Mauá, teve 97% do corpo tomado por queimaduras de terceiro grau e faleceu na manhã desta segunda-feira. Quando a polícia chegou ao local do crime, acionada por uma testemunha, as vítimas, em chamas e debilitadas, ainda conseguiram revelar o autor do crime e o motivo da barbárie: vingança.

O depoimento das vítimas foi registrado pelos policiais no 42º DP de São Paulo, no Parque São Lucas. Eles teriam dito que o ex-cunhado de Rafael invadiu a casa da família no Jardim Salgueiro, em Mauá, amarrou e amordaçou o casal, que estava sozinho, e usou a Parati prata do jovem para levá-los até a zona Leste. Na esquina da rua São Raimundo e avenida Guacumã, o homem ateou fogo na secretária e seu namorado e fugiu. Um morador do bairro passava pela praça e percebeu um “fogo se mexendo”. Chamou imediatamente o Corpo de Bombeiros.

Segundo Rafael disse à polícia, o ex-cunhado, que tem passagem por homicídio, já vinha ameaçando a família depois que o casamento com a irmã, Fernanda Sartori, terminou e o próprio Rafael o impedia de ver a sobrinha. Depois de incendiar o casal, o criminoso voltou ao Grande ABC e abandonou a Parati prata na região do centro de Santo André. O veículo, em nome do pai de Rafael, foi encontrado parcialmente queimado.

A família de Caroline compareceu à delegacia na capital e não quis comentar o assassinato. À polícia, a irmã da vítima contou que a secretária e Rafael namoravam havia pouquíssimo tempo; estavam juntos havia menos de um mês. A equipe que investiga o crime no 42º DP já iniciou as buscas pelo criminoso, que também mora em Mauá, mas pediu sigilo sobre o nome do foragido. Os requintes de crueldade impressionaram até os policiais envolvidos no caso e, até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o paradeiro do autor.

A irmã de Rafael e ex-mulher do criminoso, Fernanda Sartori, visitou o irmão no Hospital Municipal do Tatuapé e chegou desconsolada à delegacia domingo à noite. “Os médicos disseram que em casos como o dele é muito difícil...”. Contou que ela, a filha e os pais estavam morando numa cidade no interior do Paraná. “Meus pais ainda nem sabem que essa tragédia aconteceu.” No depoimento dado à polícia, Fernanda confirmou que toda a família vinha sendo vítima de ameaças. Segundo ela, o ex-marido já havia descoberto o novo endereço e seqüestrado a própria filha. Rafael não teria se mudado para o Paraná porque não queria abandonar o emprego.




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