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Brasil não vai para o buraco, diz bispo

No Dia de Nossa Senhora Aparecida, líder religioso da região pede união aos brasileiros

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
13/10/2018 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 O bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini, celebrou o dia de Nossa Senhora Aparecida, comemorado ontem, com 600 fiéis na paróquia que leva o nome da padroeira do Brasil no bairro Barcelona, em São Caetano. Aproveitou para reforçar que tem “fé no povo brasileiro” e que, por pior que seja a realidade, acredita que o País vai conseguir superar. “O Brasil não vai para o buraco, pois é maior. Corrupção, ideologias malucas, tudo isso não vence a força do País.”

Com a eleição para presidente se aproximando, o religioso fez alusão à época em que a imagem da santa foi encontrada em um rio, em 1717. “Naquela época o Brasil estava em uma situação muito pior do que hoje, dividido de forma violenta por causa da escravidão. Com a fé de Nossa Senhora, que vela pelo Brasil, tudo será encaminhado. O primeiro dever do povo é a união em torno de princípios que promovam a vida.”

Ainda em São Caetano foi realizada a 16ª edição de cavalgada em homenagem à padroeira. Liderada pelo padre Luiz Francisco, reuniu cerca de 10 mil pessoas e 600 cavaleiros, que percorreram ruas da cidade.

 

SÃO BERNARDO

Fé e gratidão a Nossa Senhora Aparecida. Esses foram os motivos que levaram cerca de 6.000 fiéis a participar da procissão que homenageou a padroeira do Brasil em seu dia, celebrado ontem. Os devotos saíram do santuário que leva o nome da santa, no bairro Pauliceia, em São Bernardo, às 9h30, e caminharam pelas ruas do entorno até 11h, quando helicóptero despejou pétalas de rosas sobre os peregrinos.

O padre Alex Sandro Camilo, também reitor na paróquia, pediu aos fiéis que fizessem um minuto de silêncio pelo Brasil. “Estamos vivendo um momento muito difícil em nosso País. Daqui uns dias teremos de escolher o presidente, uma decisão que precisa de muita luz. Vamos pedir bênçãos para que o povo não sofra.”

O padre disse que o “povo de Deus” é quem mais sofre, e explicou que pessoas humildes, que precisam de trabalho, Saúde e moradia, são as mais afetadas com a situação atual da economia.

Emocionados, os fiéis disseram que o dia é uma oportunidade para prestar homenagens à santa e agradecer pelas bênçãos alcançadas.

A professora Ivani Garcia, 59 anos, há mais de 30 anos acompanha a procissão na cidade de Aparecida, no Interior. Por causa de doença do marido, a devota escolheu, neste ano, acompanhar a homenagem em São Bernardo, justamente por ser o santuário que frequentava com os pais quando criança. “Vinha da Capital até aqui (São Bernardo), na paróquia de Nossa Senhora Aparecida, todos os dias 12 de outubro. A devoção foi herança de família.”

Muito emocionado, o casal Núbia de Oliveira Dias, 36, e Leonardo de Matos, 26, agradecia pela vida do filho Gabriel, de apenas 1 ano. Em meio às lágrimas, Núbia lembrou o quanto pediu para que seu filho nascesse com saúde, e que a vida do casal desse certo.

“Nosso filho veio no susto, não foi planejado. No ano passado, ainda grávida, vim à procissão pedir. Um ano depois, volto para agradecer. Ela (santa) ajudou, tudo deu certo em nossa vida e hoje somos muito felizes.”

 




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