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Curso de MBA é criado na região para atender necessidade do mercado

Pentágono, de Sto.André, faz parceria com universidade norte-americana

Bianca Barbosa
16/05/2018 | 07:00
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“O Brasil está, dependendo das estatísticas, entre os 15 países que têm o maior número de start ups. No entanto, entre os 100 aglomerados de inovação, não dispõe de nenhum competitivo.” Essa é a afirmação do professor Roberto Lobo, ex-reitor da USP (Universidade de São Paulo), sobre a situação do País. 

Ele é coordenador do novo curso de mestrado internacional em gestão estratégica, liderança e inovação da Fapen (Faculdade Pentágono), de Santo André, em parceria com a Suffolk University, de Boston (EUA). O curso, que estará disponível a partir do segundo semestre de 2019, terá duração de 18 meses, diploma duplo e foco em desenvolvimento de competências.

Para descobrir a demanda atual do mercado, gestores da Fapen fizeram vasta pesquisa com 500 empresas da região, questionando as competências mais importantes em um funcionário. Na média, entre as 164 respostas recebidas, destacaram-se qualidades como capacidade de trabalhar em equipe, noções de autogerenciamento, ética e visão globalizada da empresa. 

Uma das coordenadoras do curso, a psicóloga Maria Beatriz Lobo, defendeu que partir da premissa de demanda não é algo trivial, ao contrário dos cursos comuns, que não estudam o mercado. “Queremos ajudar a formar uma liderança avançada, competente e inovadora, pois os empresários disseram que as escolas não têm formado esses profissionais.”

O curso terá 360 horas, divididas em 12 módulos. A maioria das temáticas está ligada à área de tecnologia, inovação e liderança. Entre os diferenciais do MBA, estão o duplo diploma (das duas faculdades) e a “aula dez”, controle de processo que divide a aula em dez tarefas para o professor seguir.

A ideia é padronizar as aulas de forma que se tornem continuidade umas das outras e facilitar o entendimento e assimilação. Outra novidade é o soft skills disk, uma roda de competências a serem melhoradas.

Para não errar, foram feitas pesquisas para identificar as possíveis faculdades parceiras do curso. Foi encontrada em Boston, a Suffolk, que foi a mais parecida em comparação com visão e valores. Após um ano de planejamento, o acordo foi fechado e o convênio será divulgado a partir do segundo semestre de 2019. O processo seletivo também será feito de forma diferente, com entrevista pessoal. 

Para o diretor da faculdade de Boston, Carlos Rufin, os pontos principais da parceria são a inovação e experiência internacional. “Esses são os grandes desafios no mundo, como confrontar a globalização e como inovar”, disse.  




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