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MP pretende júri popular a acusados de agredir empresário

Maninho, seu filho e Cayres foram denunciados por tentativa de homicídio em frente ao Instituto Lula

Por Raphael Rocha e Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
08/05/2018 | 07:00
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O Ministério Público quer que o caso dos acusados de agredir o empresário Carlos Alberto Bettoni em frente ao Instituto Lula no dia em que foi expedida a ordem de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vá para júri popular. O pedido será ainda analisado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Os três acusados são o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Paulo Cayres, o ex-vereador de Diadema Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e seu filho, Leandro Marinho, todos do PT.

O entendimento da Promotoria é que o caso precisa ser enquadrado como tentativa de homicídio com dolo eventual, quando não há intenção, mas assume-se o risco do crime.

A briga aconteceu na noite do dia 5 de abril. Bettoni passou em frente ao Instituto Lula hostilizando o ex-presidente. Naquele dia, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, no Pará, expediu ordem de prisão contra Lula por condenação no episódio do triplex do Guarujá, em São Paulo.

Maninho, Leandro e Cayres partiram para cima do empresário. O ex-vereador de Diadema empurrou Bettoni, que se desequilibrou e bateu com a cabeça no para-choque de um caminhão que passava na rua no momento do entrevero e teve de ser levado ao hospital. Chegou a ser constatada existência de traumatismo craniano em Bettoni.

O trio foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal dolosa grave, quando há intenção de ferir, enquadramento contestado pelo Ministério Público.

A análise do episódio inicialmente estava sob responsabilidade da Vara Criminal no Foro Regional do Ipiranga, onde está instalada a sede do Instituto Lula. Mas, com o pedido do MP, o caso passa a tramitar em uma das varas do júri da Capital. Segundo assessoria do TJ-SP, ainda não é possível saber se haverá júri popular para o processo.

Cayres, Leandro e Maninho não retornaram aos contatos da equipe do Diário para comentar o pedido do MP. Quando houve a briga e a queda do empresário, Maninho e Leandro lamentaram a batida e alegaram que não tinham a intenção de empurrá-lo contra o caminhão. 




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