Setecidades Titulo
Assaltos preocupam moradores do Assunção
Por Verônica Fraidenraich
Do Diário do Grande ABC
13/05/2006 | 08:26
Compartilhar notícia


Uma série de assaltos a residências preocupa moradores do bairro Assunção, em São Bernardo. Desde o início de abril, moradores afirmam ter ocorrido pelo menos quatro assaltos e terem sido vítimas de outras duas tentativas.

A vendedora Juliana Alessandra Campos, 23 anos, moradora da rua Alexandre Bonício, foi uma das vítimas. Há um mês, ela e a família foram feitas reféns por quatro homens e duas mulheres, por volta das 23h. Todos estavam armados e entraram na residência dos pais de Juliana para fazer um verdadeiro arrastão. “Levaram TV, DVD, rádio, cheques e cartões, nossas roupas e todos os presentes do meu casamento”, conta Juliana. Tudo foi colocado nos dois carros da família, um Corsa 2002 e um Uno Mille 2006, encontrados no dia seguinte. Um deles sem rádio e batido. Há uma semana, o pai de Juliana, Joaquim Inácio de Campos, 52, dono de oficina de funilaria e pintura, esteve na delegacia do Jardim Mírim, em Diadema, e reconheceu três dos assaltantes presos.

Outra das casas assaltadas, na rua Terezina Capitânea Fantinati, foi a da dona-de-casa Tatiane Soares de Souza, 22 anos. O roubo ocorreu no fim de abril. Eram quatro ladrões, todos armados. O cunhado de Tatiane avisou a polícia, mas os ladrões fugiram levando TV, DVD, discman, roupas e um Palio 2006. Na mesma rua e no mesmo mês, outras duas casas teriam sido assaltadas.

O aposentado José Martins não foi vítima de assalto, mas está preocupado. Na última terça-feira, diz que por pouco não foi abordado por dois motoqueiros em frente a sua residência. “Percebi eles vindo e entrei em casa.” Ele afirma que outro vizinho, ao sair da garagem de carro pela manhã, também se safou dos assaltantes.

O delegado titular do 3º DP de São Bernardo, Kazuyoshi Kawamoto, diz não ter conhecimento dos assaltos e reclama que as vítimas não colaboram. Na delegacia, há boletim de ocorrência apenas do assalto à casa dos pais Juliana e da família de Tatiane. “Se houvessem registros, seríamos alertados e cobrados, mas suspeito que as pessoas não fizeram B.O.” Mesmo assim, disse que os casos estão sendo investigados.

O capitão Luiz Carlos Telles Júnior, comandante da 3ª Cia do 40º Batalhão da Polícia Militar, diz que a região é alvo de ladrões por ser uma área residencial de classe média. Segundo o capitão, cerca de 12 homens fazem o policiamento do bairro durante o dia, e dez à noite, entre homens de ronda escolar, patrulha, Força Tática, e policiais de moto. José Martins, no entanto, diz não ver esses policiais. “De vez em quando aparece, mas vejo poucos carros da polícia por aqui.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;