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Federais avaliam proposta do governo em assembleia

Plano inclui reajuste além dos 4% concedidos em medida provisória

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
14/07/2012 | 07:00
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O governo federal apresentou ontem, em reunião com o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), proposta de reestruturar o plano de carreira dos docentes de 92 instituições federais, em greve há quase 60 dias. A expectativa é que as universidades façam assembleia, na próxima semana para avaliar o plano.

Conforme explica a presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), Virgínia Junqueira, é cedo para saber se a proposta corresponde a expectativa dos educadores. Segundo ela, cada universidade fará assembleia para discutir o plano apresentado pelo governo federal e encaminhará um representante para votação no comando de greve, em Brasília. "Cada instituição federal presente tem direito a um voto para chegar a uma resposta", explica.

A proposta do Ministério do Planejamento é que o plano, que reduz de 17 para 13 os níveis de carreira, passe a vigorar em 2013. Com isso, os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais, além dos 4% concedidos pela MP (Medida Provisória) 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos. Os professores reivindicam, além de reestruturação do plano de carreira, com divisão dos docentes em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre eles a partir do piso de 20 horas correspondente ao salário-mínimo do Dieese, na faixa de R$ 2.329,35.

De acordo com o governo, o salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva passará a ser de R$ 8,4 mil, enquanto os vencimentos dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. Ao longo de três anos, a remuneração do docente titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

A proposta tem impacto de R$ 3,9 bilhões no Orçamento Federal, e beneficiará 105 mil docentes nas universidades e 38 mil nas escolas técnicas.

Na região, a greve dura 58 dias na Unifesp Diadema e 39 dias na UFABC. São 12 mil alunos sem aulas e 630 docentes de braços cruzados.




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