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Páscoa contará com reforço de 70 mil temporários
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
09/03/2011 | 07:11
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A Páscoa está aguçando a mão de obra do País que pega carona nos serviços temporários. No ciclo que envolve a degustação de chocolates, no período, estarão por trás reforços de 70 mil profissionais. A projeção é da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário). O volume é 10,5% maior do que o previsto no mesmo período de 2010.

O feriado é lembrado pela entidade como uma entre as três mais festejadas pelo comércio durante todo o ano. Só perde para o Natal e fica à frente do Dia das Mães.

Uma boa parcela do montante deverá ser absorvida após o período. Levantamento encomendado pela entidade à Ipema (Instituto de Pesquisa Manager) prevê que 28% dos trabalhadores contratados deverão permanecer no emprego após o término do contrato; isso significa efetivo de 19,6 mil profissionais. E os jovens também ficarão animados. Os que não têm experiência deverão compor mais 22% das vagas.

EFEITO CALENDÁRIO - O presidente da Asserttem, Vander Morales, ressalta que o fato de a Páscoa acontecer no fim do próximo mês é ponto positivo. Quanto mais longe de janeiro - e por tabela das inúmeras despesas com impostos e gastos sazonais -, as vendas deverão contar com elevações.

Com o mercado ansioso com a comercialização dos ovos de chocolate, as indústrias do ramo devem ampliar o leque de produtos, o que reflete nas contratações adiantadas. Morales conta que 25 mil trabalhadores foram garimpados desde setembro e já estão em atuação.

Desses, a figura do promoter de vendas terá papel de importância. Tudo porque 80% dos produtos serão novidade no mercado. "Cabe a ele incentivar a compra". A gama de atividades não é pequena. Apenas a indústria oferece diversas opções, como auxiliar de expedição, estoquista, operador de empilhadeira, entre outros. O setor será responsável por 60% dos postos temporários para comemoração. Os homens serão 55% da mão de obra, com renda entre R$ 600 e R$ 1,5 mil.

Já o comércio terá predominância feminina - 55% das vagas temporárias. Porém, a projeção é de salários mais modestos: de R$ 600 a R$ 900.

São Paulo será responsável pelo maior número de contratações, com mais de 30% do reforço temporário. A região sudeste terá a maior participação, com 51,2% nas vagas.

Terceirizados terão destaque em 2011

A oferta de postos de trabalho terceirizados e formais irá animar o brasileiro neste ano (veja arte acima). A diretora de comunicação da Asserttem, Jismália Alves, atesta que o crescimento das modalidades pode seguir no mesmo ritmo de 2010.

As empresas terceirizadas cresceram 2,6% no ano passado. "Foram 31.029 trabalhadores a mais, o que é bastante expressivo", destaca a representante. O faturamento acumulou R$ 43,3 bilhões, alta de 6,65% frente a 2009. incremento de R$ 2,7 bilhões.

A renda média gratificou os trabalhadores do nicho. Houve elevação de R$ 878 para R$ 918, alta de 4,5% em 12 meses.

O número de trabalhadores dentro desse universo representa 9% da população economicamente ativa. Oito milhões de trabalhadores compõem o quadro de contratações especializadas no serviço.

"É a modalidade que contribui de forma mais significativa para a gestão das empresas". Jismália explica ainda que a consequência da massa empregada, as empresas podem aproveitar o foco na produção. Assim, há elevação de competitividade na praça.




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