Memória Titulo
Gente que honrou a Ribeirão Pires de ontem e de sempre

Ribeirão Pires, no final do século 19, posicionava-se como o segundo povoado em crescimento na região

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
17/03/2011 | 00:00
Compartilhar notícia


Ribeirão Pires, no final do século 19, posicionava-se como o segundo povoado em crescimento na região. Perdia só para a sede, São Bernardo. Manteria essa posição até os primeiros anos do século 20. A classe trabalhadora mais organizada vinha das pedreiras de Ribeirão, onde Vicente Stanziani trabalhava.

Vicente Stanziani foi canteiro e trabalhou em várias pedreiras de Santo André, Ribeirão Pires e do bairro do Brás. Chegou criança ao Brasil. Veio da Itália. Partiu de Genova no vapor Bearn, em 15 de março de 1887. Vieram: ele, o pai Raphael e os irmãos Donato e Alberino. Desembarcaram no Brasil em abril. Um ano depois, Raphael trouxe a mulher Vincenza e as filhas Ana Rosa e Ágata. A família, reunida, passou a residir em Ribeirão Pires.

Destacamos, hoje, na Semana Ribeirão Pires, a foto coletiva destes trabalhadores de pedreira em Ribeirão Pires; individualmente, outros personagens que marcaram época na cidade: a tradutora Nair Lacerda, o historiador Roberto Bottacin e Lúcia Palatis Agnelo.

De todos eles, Antonio Simões, ex-prefeito, ativo e competente, conhece histórias, passagens e tem lembranças, várias das quais irradiadas e gravadas pela rádio comunitária do também ribeirãopirense Ademar Bertoldo.

JOÃO GALLO
A foto dele publicada aqui em Memória na segunda-feira traz uma incorreção: ele não foi capitão; esta honraria, outorgada pela Guarda Nacional Brasileira, foi conferida a José Gallo, o Capitão José Gallo da via urbana de Ribeirão Pires que corre ao longo da ferrovia.

Livro

Será lançado hoje, às 19h, na Academia de Letras da Grande São Paulo, o livro de contos Além das Trevas, de Rinaldo Gissoni, edição da própria Academia e da MZCebrian. Gissoni faleceu no ano passado. É fundador da Academia da Grande São Paulo e patrono da cadeira 9.

Ubirajara, filho de Rinaldo Gissoni, conta que o pai deixou, prontas para edição, mais duas obras: Os Mistérios da Montanha (contos, reedição com acréscimo de outros contos); O Teatro do Efêmero (peças teatrais). Deixou, também, uma apostila: Curso de Poesia. Esta reúne aulas por ele ministradas.

A Academia de Letras da Grande São Paulo fica em São Caetano, na Rua Augusto de Toledo, 255. Informações: 4221-1643; 4438-8424.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 17 de maio de 1981 

Movimento sindical - Metalúrgicos e Fiesp na mesa de negociações; Ciesp prepara-se para a greve.

Futebol - Santo André vence o 22° clássico da história contra o Aliança: 1 a 0, gol de Toninho, domingo, no Bruno Daniel, pela Segunda Divisão de Acesso. Mais de 8.000 pessoas presentes.

Polícia - Saqueados e perdidos na Serra do Mar.

EM 17 DE MARÇO DE...

1941 - Heleny Guariba nasce em Bebedouro (SP). Dedicou a vida ao teatro. Participou da fundação do Grupo Teatro da Cidade de Santo André. Presa política, desapareceu em 1971.

Trabalhadores

Nasce em 17 de março:

1920 - Francisco Pedro dos Santos, de Socorro. Operário da Rhodia. Residia à Avenida dos Estados, 864.

FONTE: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

MUNICÍPIO PAULISTA

Indiana. Elevada a município em 1949, quando se separa de Presidente Prudente.

CAPITAL BRASILEIRA

Aracaju. Fundada em 17 de março de 1855.

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Manoel Domingues da Graça, 92. Natural de Portugal. Dia 13. Cemitério Municipal de Socorro (SP).

Júlia Tavares Azevedo, 91. Natural de Aurora (CE). Dia 13. Cemitério de Vila Alpina, Capital.

Maria Guilhermina Benides, 89. Natural de Boquira (BA). Dia 13. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO

Lydia Tamen Pereira, 88. Natural de São Paulo (SP). Dia 13, em Santo André. Cemitério Jardim

da Colina.

Manoel Alves de Moura, 78. Natural de Natal (RN). Dia 14. Cemitério Jardim da Colina.

Luzia de Souza Filgueiras, 43. Natural de São Caetano. Dia 14. Cemitério dos Casa.

Alisson Araújo, 21. Natural de São Bernardo. Dia 14. Cemitério dos Casa.

SÃO CAETANO

Joaquim de Matos Martins, 95. Natural de Portugal. Anteontem. Cemitério das Lágrimas.

Dionysio Gnochi, 89. Natural de São Carlos (SP). Anteontem. Cemitério da Cerâmica.

Geraldo Attizano, 76. Natural de Piracicaba. Segunda-feira, em

São Bernardo. Cemitério das Lágrimas.

José Geraldo Marianno Diniz,

73. Natural de Getulina (SP). Anteontem. Cemitério da

Cerâmica.

MARIA SYLVIA BENELLI PELOSINI
(São Paulo 9-2-1948 - Santo André 11-3-2011) 

Dona Sylvia, como era chamada por nós, foi uma grande amiga. Era proprietária de um estacionamento na Rua Ernesta Pelosini, em frente à antiga tecelagem dos Pelosini, Centro de São Bernardo.

No interior deste estacionamento existe uma lanchonete frequentada por poucos, mas todos amigos de dona Sylvia e seu marido, Sr. Ozório. Geralmente comemoramos ali o nosso aniversário.

Entre os frequentadores está o cantor Demétrius, da Jovem Guarda, que hoje reside em São Bernardo e que fez grande sucesso com a canção Ritmo da Chuva. Sr. Ozório é o paizão da turma.

Fato interessante é que, em muitas noites, perdíamos a noção da hora lá na lanchonete. Nessas ocasiões, um modo que todos notassem, dona Sylvia ia até o escritório pegar sua enorme bolsa. Comentávamos: "Vamos fechar a conta e ir embora, pois a dona Sylvia já pegou a bolsa e tá nervosa".

Filha de Laerte Pelosini e Nida Benelli Pelosini, dona Sylvia era funcionária pública aposentada da Prefeitura de São Bernardo. Partiu aos 63 anos. Está sepultada no Cemitério de Vila Euclides. A missa de 7º dia será celebrada hoje, às 19h30, na Igreja Santíssima Virgem, Jardim do Mar, em São Bernardo.

TEXTO: Edir Lopes Garcia (Serviço Funerário Municipal de São Bernardo).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;