Moradores do bairro Taboão, em São Bernardo, questionam as mudanças que serão feitas no pronto-socorro da vizinhança. O temor é que o equipamento seja fechado para reformas, e a população local fique sem atendimento. Um grupo de pessoas aproveitou a presença do prefeito Luiz Marinho (PT) ontem no bairro para reivindicar explicações.
Com cartazes com dizeres como "Abre a base e fecha o PS. O que lucramos?", os moradores apresentaram as queixas ao prefeito, que participava da cerimônia da Inspetoria Taboão/Paulicéia (mais informações na página 6). "Ouvimos dizer que a Prefeitura vai transferir todo atendimento para o PS Central. Isso não dá, precisamos que melhorem a qualidade do serviço de saúde aqui", falou a dona de casa Marlene Gonçalves Silva, 53 anos.
A moradora explicou que corre um boato sobre a possibilidade de desativação do equipamento de saúde. "As pessoas estão falando há dois meses. Por isso, resolvemos fazer alguma coisa", disse.
Assumindo tom moderador, Marinho interrompeu o discurso de inauguração para acalmar o grupo de protesto. "Podem abaixar os cartazes, eu vou falar sobre o assunto", afirmou o prefeito.
O gestor lembrou à população que todo o sistema de saúde do município está passando por mudanças. "Estamos melhorando a qualidade do atendimento em todos os postos da cidade. Claro, algumas pessoas não estão bem informadas sobre esses projetos. Mas nenhum bairro vai ficar sem unidades de saúde", ressaltou o chefe do Executivo.
Conforme adiantou o Diário, em fevereiro, a Prefeitura vai inaugurar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na Paulicéia, e parte dos atendimentos do PS Taboão vai ser transferida para o novo prédio. A unidade deve ficar pronta em agosto e até lá o PS continua com funcionamento normal. "Mudanças não agradam a todos os moradores, mas garanto que a população não será prejudicada", afirmou o prefeito
URGÊNCIAS
São Bernardo também vai ganhar um HU (Hospital de Urgências). O prédio será construído atrás do atual PS Central, que vai funcionar normalmente até a inauguração do novo projeto. O financiamento da construção será feito por meio de PPP (Parceria Público-Privada). A empresa que vencer a licitação fica responsável por financiar e executar a obra projetada. Enquanto isso, a Prefeitura se compromete a devolver os recursos em parcelas que podem chegar a até 35 anos, como estipula a legislação.
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