Economia Titulo História
Sindicato dos Químicos do ABC chega aos 70
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/09/2008 | 07:12
Compartilhar notícia


O Sindicato dos Químicos do ABC chegará no próximo dia 8 de outubro aos 70 anos de fundação. Com uma história que está ligada às origens do setor industrial na região, a entidade lança em evento no dia 3 um livro e um álbum-revista em que registra as lutas e conquistas alcançadas ao longo de sua existência.

A entidade, que tem atualmente 20,5 mil filiados, foi fundada por um grupo de trabalhadores da Rhodia (que chegou ao País em 1919) em 1938 onde é hoje Santo André (que na época fazia parte de São Bernardo).

No livro que está prestes a ser lançado, foram registrados alguns momentos históricos, como uma greve de 29 dias na Rhodia, em 1959 e uma paralisação na indústria Ferro Enamel, em 1984. Nesse caso, foi a primeira vez no segmento que os trabalhadores pararam não para reivindicar aumento salarial, mas por melhores condições de trabalho.

Na época, os empregados sofriam com problemas de saúde, devido à contaminação por chumbo e cádmio. "Conseguimos a análise clínica dos trabalhadores e que eles tivessem acesso aos prontuários médicos", disse Lage.

Resgate - O sindicalista destaca que a idéia de resgatar essa memória surgiu há três anos. "Começamos a pensar nos preparativos para a comemoração e o primeiro passo foi quando obtivemos nas sete cidades a aprovação pelas Câmaras Municipais do dia 8 de outubro como Dia do Trabalhador e da Trabalhadora na Indústria Química", afirmou.

Nos últimos dois anos, vários eventos foram realizados para lembrar a data e a entidade recebeu, no início deste ano, o reconhecimento dos Correios, com um selo comemorativo pelos 70 anos.

Desafios - A categoria do setor químico na região vem em processo de recuperação. Depois de ter mais de 40 mil empregos, a base de trabalhadores caiu, na década de 1990, para 25 mil e nos últimos anos houve a retomada para cerca de 40 mil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

Para Lage, após todos esses anos, ainda há desafios, como a luta pela redução da jornada de trabalho. No setor farmacêutico, na última convenção, a entidade já obteve a diminuição de 42 para 40 horas.

O dirigente avalia ainda que, para o futuro da categoria, o sindicato terá de se adaptar, por conta de mudanças na legislação (como o fim da unicidade sindical) e também devido a exigências crescentes de qualificação dos trabalhadores. "Precisamos avançar mais em questões não-econômicas, em benefícios sociais", disse.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;