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Dilma ironiza e aposta em ‘DataWagner’

Presidente evita comentar pesquisas e confia em otimismo eleitoral de governador baiano

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/10/2014 | 07:00
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Divulgação


Poucas horas antes do primeiro debate do segundo turno, ontem, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), concedeu entrevista, em São Paulo, e ironizou ao afirmar que aposta no ‘DataWagner’, referindo-se ao prognóstico feito pelo governador da Bahia. “O Jacques Wagner (PT) me disse: ‘(Em 2010) Não tem problema nenhum, está dando (nas pesquisas de intenção de voto) que não vou entrar nem no segundo turno, mas você (Dilma) pode esperar que eu ganho no primeiro’. E ele ganhou. Agora, digo: ‘Pesquisa é importante, mas ela é amostra.’”

A petista ‘revelou’ que, segundo o ‘DataWagner’, o resultado da eleição será de 51% para o projeto de reeleição contra 49% do senador Aécio Neves (PSDB).

Há quatro anos, Wagner se reelegeu com 63,83% sobre o candidato do DEM, Paulo Souto, que obteve 16,09%. “Fiquei impactada porque eu venho desde 2006 acompanhando essa que foi questão importante, que é o Jaques Wagner dizendo, toda eleição, que vai ganhar no primeiro turno. Quando disse há oito anos, eu fui e falei para o (ex-presidente) Lula. E nós olhamos um para o outro, ainda não estávamos acreditando. Pois bem, ele ganhou (com 52,89%, também em relação a Souto)”, disse, ao evitar comentar as pesquisas atuais sobre o cenário presidencial, de empate técnico.

Lideranças petistas demonstram preocupação com o cenário em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, onde o postulante do PSDB alcançou larga vantagem de 4,2 milhões à frente da atual presidente, na etapa inicial. Dilma argumentou que, como toda amostra, as “coisas mudam”.

“Mudam hoje, mudam amanhã, na véspera da eleição. Pode ser que não capte tudo. Então, vamos esperar. Só tem uma pesquisa infalível: é o voto na urna.” Diante do panorama desfavorável em território paulista, entretanto, a coordenação do PT programa ofensiva até dia 26.

Dilma alegou que estava “bastante tranquila” em relação ao debate ontem da Rede Bandeirantes. Segundo a petista, o embate era “melhor” a partir de agora por ser igual, frente à frente nesta fase derradeira. “Não são seis contra um. Fica diferente a situação”, disse. A presidente descartou que esteja assustada com o crescimento do principal concorrente nos levantamentos. “Não estou nervosa. Nós vamos cotejar (comparar) não só o meu governo, mas o governo dele (em Minas Gerais, 2003-2010), porque ele teve uma gestão e tentar entender por que não foi eleito (venceu) em Minas.”

LULA
A petista negou que Lula esteja ausente da campanha ao Planalto, como tem sido colocado por alguns aliados no Estado. “Pelo contrário”, frisou. “O (ex-) presidente Lula fez grande plenária, muito boa. Vamos fazer uma série de atividades juntos. Podem ficar descansados. Não fiquem aliviados. Ele vai participar ativamente da campanha.”




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