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Familiares de acusado pedem justiça

Passeata reúne parentes de padrasto acusado de matar criança de 2 anos

Por Natália Fernandjes
15/11/2011 | 07:00
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Revoltados com a morte de Nicolas Silva, 2 anos, e com a falta de ação do Conselho Tutelar de Ribeirão Pires diante das denúncias de maus-tratos feitas por eles, parentes do padrasto da criança, o pintor Valdenei Sabino Azevedo, 41, organizaram passeata pelo Centro do município, ontem à tarde. Junto com a mãe do garoto, a dona de casa Alessandra Pereira Silva, 22, o homem é acusado de espancar o menino até a morte.

A manifestação começou por volta das 16h na Vila do Doce, região Central de Ribeirão Pires, passou pelo Terminal Rodoviário Turístico e seguiu pela Avenida Brasil até o Distrito Policial. Com cartazes, apitos e megafone, cerca de 30 familiares de Valdenei pediam por justiça e condenavam o Conselho Tutelar. "Eles (conselho) foram omissos e permitiram que mais uma criança fosse morta em Ribeirão", diz a prima do suspeito, Kelly Castro, 31.

Antes da manifestação, os parentes estiveram no Conselho Tutelar municipal para pedir explicações, mas encontraram as portas fechadas. "É um absurdo que um órgão como esse fique fechado. Será que ninguém precisa deles só porque é feriado?", questiona Kelly. A equipe do Diário tentou por diversas vezes contato telefônico tanto com o órgão municipal quanto com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão, mas nenhum dos dois atendeu.

CASO

Nicolas morreu na madrugada de anteontem. A suspeita é de que ele tenha sido espancado pelo padrasto e pela mãe, já que, na hora da morte, só os três estavam em casa, no bairro Quarta Divisão.

O corpo do garoto seguiu para Promissão, cidade de origem da mãe, no Interior do Estado, onde será enterrado.

O casal foi detido anteontem e teve pedido de prisão temporária de 30 dias aceito pelo juiz. Valdenei foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Mauá na manhã de ontem, enquanto Alessandra aguarda uma vaga em penitenciária feminina no Distrito Policial de Ribeirão Pires.

A expectativa do delegado de plantão, Davi Pimentel, é de que o laudo do Instituto Médico-Legal, necessário para instauração do inquérito policial, fique pronto até o fim da semana.




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