O Grande ABC ainda terá que cadastrar, pelo processo de biometria, mais da metade do eleitorado até 2020, primeira eleição em que será obrigatório o registro digital do eleitor.

De acordo com informações do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), dos mais de 2 milhões de pessoas aptas a votar (ver quadro ao lado) na região, apenas 892,5 mil realizaram o cadastro nos cartórios eleitorais, o que corresponde a 42,69% do total.

No ranking, a cidade de Rio Grande da Serra é que terá mais trabalho, já que apenas 34,21% dos eleitores fizeram o procedimento, que não será necessário nas eleições deste ano.

Já o município de Mauá atingiu a marca de 36,91% de eleitores cadastrados, enquanto Ribeirão Pires chegou a 38,6%.

O assunto causou preocupação após filas terem sido registradas em Guarulhos, segundo maior colégio eleitoral do Estado. O próprio TRE-SP montou força-tarefa para tentar agilizar o processo no município. A iniciativa envolveu a abertura de outros postos de atendimento e plantões aos sábados, domingos e feriados.

Procurado pelo Diário, o tribunal informou que “estendeu o cadastramento biométrico para todo o Estado em 2015, sem obrigatoriedade de comparecimento, para que os eleitores tivessem mais tempo para fazer a biometria e, assim, evitassem filas quando o procedimento se tornasse obrigatório”.

Ainda conforme o comunicado, desde 2017, 85 cidades do Estado tiveram cadastramento obrigatório e, somados aos 15 que já concluíram o processo, serão 100 cidades que possibilitarão ao eleitor votar utilizando as digitais.

No dia 9, data limite para alistamento, transferência e atualização de dados, a Justiça Eleitoral atendeu 122,7 mil pessoas.