Agência dos Correios localizada na Praça 4º Centenário, no Centro de Santo André, é alvo constante de pichadores. Além do vandalismo, o local apresenta lixo acumulado deixado por moradores de rua.

Conforme o gerente da unidade José Carlos Carneiro, na revitalização mais recente do prédio, que foi concluída na sexta-feira, o gasto em manutenção chegou a R$ 30 mil. “E sempre sofremos com o vandalismo”, lamenta.

De acordo com Carneiro, durante a madrugada de quinta-feira, antes do término da revitalização, o edifício amanheceu pichado novamente. Em dezembro do ano passado, o Diário publicou que após a pintura do prédio, com investimento de R$ 50 mil, as marcas de vandalismo apareceram um dia depois. Além disso, a sujeira nos arredores do prédio atrapalha a rotina de funcionários e clientes. “Eles (moradores de rua) transformam o local em um banheiro ao ar livre. É desconfortável para todos.”

Segundo o gerente, as reclamações feitas para a Prefeitura não são solucionadas. “Ligamos diversas vezes e a situação continua a mesma coisa”, salienta. “Estamos passando por uma crise. Então, se o prédio for pichado novamente, a próxima manutenção poderá acontecer, talvez, só daqui a três anos.”

A Prefeitura afirma, por meio do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), que realiza a varrição e catação de resíduos diariamente na praça dos Correios, sempre pela manhã. Segundo a administração, o serviço de abordagem de rua da Casa Amarela é realizado também no local. “Na maioria jovens, que estão em situação de rua devido à utilização de drogas, em especial o crack”, diz a nota.

“A Guarda Civil Municipal, por sua vez, atende o complexo do Paço Municipal com equipe fixa e distribuída entre plantões, em área que compreende a agência dos Correios. As equipes realizam rondas preventivas por toda área com equipes a pé, em viaturas e em motocicletas”, completa.

A Polícia Militar também justifica que, apesar de o prédio estar localizado em uma importante via do município, está em local arborizado e pouco iluminado, o que “dificulta a visualização de ações mais discretas, como o riscamento das paredes da estrutura.” Conforme a corporação, também não há registro de solicitação envolvendo o local.

Os Correios fazem reparos pontuais, de acordo com a demanda e vigência dos contratos de manutenção. “Para minimizar os atos de vandalismo e pichações no prédio, que é um bem público, a empresa está em contato com os órgãos públicos da cidade e estuda adotar medidas suplementares de proteção ao patrimônio”, afirma o órgão.