Economistas e representantes do empresariado ainda veem motivos para cautela, por conta, entre outros fatores, das dificuldades das vendas ao Exterior - o Grande ABC contabiliza queda de 38% nas exportações no primeiro semestre.

Para o presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Sidnei Muneratti, esse ainda é um ponto que atrapalha a atividade econômica na região, que é um polo exportador de veículos e autopeças.

No entanto, o dirigente vê reações no mercado interno, que devem ajudar a trazer bons resultados para o comércio para o fim do ano. "Enquanto tivermos condições de manter empregos, vamos conseguir bom desempenho do setor no Natal", afirmou.

Dini, por sua vez, observou que, mesmo com a alta nas vendas de veículos no País, segmentos ligados a essa cadeia produtiva (caso de fabricantes de máquinas e equipamentos) não mostram reação nas encomendas. "Gradualmente as coisas devem melhorar, mas ainda não sabemos avaliar como isso vai ocorrer", acrescentou.

Em relação à retomada de investimentos, que ajudariam a aquecer a produção de máquinas, o economista do IPEA afirmou que, por enquanto, os dados não apontam nessa direção. "Percebemos que as empresas ainda estão apreensivas, e que o aumento da produção virá com a intensificação do trabalho e o uso da capacidade instalada", avaliou.