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PV e governo se fortalecem em Diadema
Leandro Baldini
Da Sucursal de Diadema
21/01/2008 | 07:04
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Desde o início da atual gestão, em 2005, a Câmara Municipal de Diadema sofreu alterações e deve encerrar o mandato, em dezembro, com o fortalecimento da bancada do PV, aliada ao governo.

A base de sustentação, que já contava com a maioria na Casa, ganhou mais um aliado com a troca de um parlamentar. João Merenda deixou a bancada de oposição ao trocar o PSDB pelo PV, partido de sustentação.

“Gosto do mandato livre. E essa tendência estava mais próxima da situação. Tenho muitos amigos no PSDB, mas tenho certeza que fiz a escolha certa”, diz Merenda.

Com isso, após quatro alterações no Legislativo, o quadro ratifica a maioria para os governistas. Dos 16 vereadores da Casa, 13 estão no bloco de sustentação.

Para os verdes, as alterações também significaram ganhos e, hoje, a sigla é – depois do PT, que possui cinco parlamentares – a segunda maior bancada, composta por três vereadores. O panorama faz com que a partido pleiteie a vaga de vice na chapa petista à disputa pela Prefeitura.

Entretanto, o favorito para ocupar a vaga é o ex-prefeito Gilson Menezes, hoje no PSC.

Sobre a tendência, a vereadora e presidente estadual do PV, Regina Gonçalves protesta: “Temos a nossa grandeza e merecemos respeito”.

Além de Merenda, a legenda registrou mais uma conquista: o reforço de Milton Capel, que deixou o PMDB. Em contrapartida, houve uma perda: Isaias Maria, o Pastor Isaias, foi para o PSC, partido que até então não figurava no Legislativo. “Foi uma saída tranqüila, sem grandes problemas. Não foi necessário qualquer discussão”, relembra Isaias.

POLÊMICA
A última alteração entre os vereadores foi a mais polêmica. A envolvida foi Marion Magali de Oliveira. A transição pulverizou a participação do PSDC no Legislativo e reativou o PTB.

O contra-ataque da legenda foi na Justiça. Respaldada na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de que os mandatos pertencem aos partidos e não aos parlamentares, a sigla entrou com representação para reaver a cadeira. No entanto, a vereadora se mostra tranqüila. “A fidelidade partidária é fundamental, desde que as regras sejam apresentadas antes de um processo eleitoral, como ocorreu aqui em Diadema. Se eu soubesse dessa nova regra, não teria mudado de partido. Entretanto, precisei trocar porque não encontrava no PSDC a estrutura e o respaldo para seguir o meu mandato”, afirma.

Outra mudança conturbada foi a de Milton Capel. O PMDB, sua ex-legenda, tenta por meio judicial, cassar o mandato parlamentar, alegando irregularidades na filiação.

Capel retruca: “Não existe nada. É uma tentativa sem procedência. Isso só mostra, que acertei ao trocar de partido”, garante.

SEM ALTERAÇÕES

Em relação a participação dos partidos aliados no Executivo, o quadro não foi alterado.

Os verdes seguem apenas comandando uma secretaria, a de Meio Ambiente.

Mesmo com a perda de Capel, o PMDB, que é representado pela parlamentar Cida Ferreira segue à frente da Pasta de Transportes. Além disso, ocupa a direção do departamento de Trânsito.

O Abastecimento continua na responsabilidade de Edmílson Cruz, o Pastor Edmílson, hoje no PRB.

Contudo, a mais criticada é a Secretaria de Esportes e Lazer, que é comandada pelo ex-jogador do Corinthians nos anos de 1970 e 1980, Wladimir Rodrigues (PCdoB).



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