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Documentário da Discovery investiga tráfego de SP
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
27/09/2008 | 07:05
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A mais nova produção do Discovery Channel no Brasil é, pelo menos no título, promissora. Soluções para o Trânsito, documentário que estréia neste domingo às 21h, lança luz sobre tema recorrente quando se fala em São Paulo: o trânsito. Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a frota, de 6 milhões de veículos, a Capital vê diariamente 900 novos carros engrossarem a já pesada frota estimada em seis milhões de automóveis.

O filme tem cerca de uma hora de duração e investiga bons - e, por vezes radicais - exemplos de ações que se tornaram realidade em Curitiba, Bogotá, Cidade do México e Londres, cidades em que a equipe, comandada pelo diretor Rodrigo Astiz, filmou por dois dias cada. Entre as soluções, a ampliação do sistema de transporte público, o estímulo do uso da bicicleta e até o polêmico pedágio urbano na capital inglesa.

Em território paulistano, que registrou em 9 de maio deste ano o recorde de congestionamento - 266 quilômetros - a produção se valeu de motos a helicópteros para captar imagens dinâmicas. A equipe filmou por oito dias na Capital, das 5h às 20h, sempre enfrentando congestionamentos de cerca de uma hora e 30 minutos 1h30 entre as locações. O documentário também traz números impressionantes dos prejuízos que o excesso de carros traz a São Paulo: R$ 15 milhões em perdas por acidentes e poluição.

O filme também traz depoimentos valiosos de gente que enfrenta o congestionamento e de especialistas, como o arquiteto Jaime Lerner e o economista colombiano Enrique Peñalosa, ex-prefeitos, respectivamente de Curitiba e Bogotá. Danid Banister, professor de Estudos do Transporte da Universidade de Oxford, aponta alternativas que revolucionariam até mesmo o design dos automóveis, tornando-os ainda mais compactos.

O arquiteto e urbanista Cândido Malta, da USP, explica a próxima tentativa de reverter o quadro: o projeto de transporte integrado do Metrô Conceitual, que deve ser implementado na Capital até 2025.




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