Política Titulo Tratativas
Grana estipula prazo
de 150 dias para
fechar plano de cargos

Secretariado iniciou ontem as negociações da antiga reivindicação do funcionalismo

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/06/2013 | 07:03
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Arquivo/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), estabeleceu prazo de 150 dias para elaboração do Plano de Cargos, Carreira e Salários do funcionalismo público. O secretariado petista deu ontem o passo inicial nas negociações ao reunir comissão para tratar do projeto, antiga reivindicação dos servidores. A implantação do programa, entretanto, não tem data para efetivação por parte do Paço. A princípio, o governo vai estudar dez processos protocolados – representando categorias distintas.

Entre os requerimentos, engenheiros, arquitetos e tecnólogos, agentes de trânsito, fisioterapeuta, motorista de Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e GCM (Guarda Civil Municipal) estão na lista. Os guardas, por exemplo, pedem aumento do índice de periculosidade, ampliando de 25% para 30%. A administração fará levantamento de todas essas demandas. Após o período, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) complementará a tabela.

A partir dessa amostra, a Prefeitura vai formar cronograma para atendimento das prioridades. O secretário de Administração e Modernização, Antônio Leite (PT), compareceu ontem à Câmara e argumentou que, neste momento, é difícil adiantar o limite para colocar o plano em prática. “Fica complicado já estimarmos o tempo, mas com certeza dentro do mandato (até 2016). Faz parte do compromisso firmado, vinculado junto ao projeto de reajuste salarial, aprovado há um mês.”

O encontro da comissão ficou marcado para toda última terça-feira do mês – são 16.051 funcionários ativos e inativos da administração direta e indireta. Na primeira reunião, integrantes do Instituto de Previdência discutiram assistência médica. Leite sustentou que o governo vai contratar mais 15 médicos para o sistema interno – hoje são sete profissionais na entidade. “Queremos reduzir o custo com consulta. Pagamos R$ 70 em cada. No instituto seria de R$ 38 a R$ 40.”

Cerca de 25 mil pessoas possuem o benefício de assistência médica, incluindo a familiares. A adesão é compulsória, ou seja, os servidores que têm vencimentos mais altos compensam os que recebem salários inferiores. Os aposentados reservam 14% da remuneração, enquanto que os funcionários da ativa contribuem com 11%.

CLASSIFICAÇÃO
A valorização pode ser diferenciada por áreas, caso passe por autorização do Legislativo. A Prefeitura gasta R$ 602 milhões com folha de pagamento. Isso representa aproximadamente 37% da Receita Corrente Líquida. O limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,3%, sendo 54% o teto. “Porém isso não significa que o custeio com pessoal chegará próximo ao percentual máximo, porque é fato que inviabilizaria outros investimentos”, analisou o secretário.
 




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