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Serjão Loroza: quase um Fábio Jr. em 'Malhação'
Por Ana Clara Werneck
Da TV Press
11/01/2008 | 07:02
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Depois de fazer sucesso com o hilário Figueirinha no seriado A Diarista, Serjão Loroza entrou em Malhação como parte do elenco de atores-cantores da nova temporada. Na novelinha, interpreta Orfeu, um professor de música nada ortodoxo do Múltipla Escolha. Para ele, a tentativa de aproximar teledramaturgia e música é benéfica para os próprios atores. “É uma oportunidade de dar incentivo aos artistas multitalentosos e é uma boa aposta, que já deu certo na própria Malhação, em 2004”, lembra. Apesar da fama conquistada por seus personagens e pela atuação como músico, Serjão não sai de Madureira, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro. “Nasci lá, mas sou cidadão do mundo. Não sei para onde vou depois, talvez para Marte!”, brinca ele, com sua trovejante risada.

Você concilia as carreiras de músico e de ator há anos. Como se sente utilizando as duas habilidades ao mesmo tempo em Malhação?
SERJÃO LOROZA – Antes era como se eu tivesse duas profissões, como se fosse duas pessoas mesmo. Na área de música, achavam que eu era só músico, e vice-versa. Este equívoco tem contribuição minha, eu assinava ‘Sérgio Loroza’ como ator e ‘Serjão Loroza’ como músico. Só há pouco tempo adotei o ‘Serjão’ de vez. O Orfeu é um personagem familiar, tem muito de mim. Nos bastidores, o Rogério Vaz, produtor musical da novela, me pede idéias para adaptar as cenas musicais à dramaturgia, é uma honra. Eu me considero quase o Fábio Jr., com a diferença que não sou galã (risos).

Nesta temporada, a novela está apostando fortemente na música, a começar pela escalação dos atores. Você vê isso como uma tendência?
LOROZA – High School Musical é uma febre. O teatro brasileiro já se destaca com musicais, mas a TV ainda estava de fora. Acho válida a comparação entre o filme norte-americano e Malhação. Mas acredito que devemos buscar o nosso próprio modo de fazer, investir na realidade brasileira. Há algumas semanas houve um duelo de funk na trama. Buscar nossas particularidades é bem-vindo.

O Orfeu é um professor de música com formação clássica. Você teve de aprender teoria para representar este papel?
LOROZA – Sou um músico instintivo, visceral. Não tive muita oportunidade de estudar. Só depois de ser profissional comecei a buscar teoria. Em geral, o que sei é suficiente para as cenas do Orfeu. Mas em alguns casos preciso de ajuda, como na vez em que o personagem tocava violino. Um coach teve de me ensinar a pegar no instrumento corretamente.

Você faz teatro desde os anos 1980, mas seu reconhecimento na TV só veio com o Figueirinha, de A Diarista. Como lidou com o término repentino do programa?
LOROZA – Todo mundo me perguntava na rua por que tinha acabado A Diarista. Graças a Deus, o público gostava demais. Mas artista faz arte, quem negocia é a emissora. Outro dia, o diretor da Central Globo de Controle de Qualidade, Mário Lúcio Vaz, disse que o programa voltaria no segundo semestre de 2008. Nem vou pensar nisso agora, melhor olhar para o presente!

Desde a época em que tocava no grupo Monobloco, o contato com os jovens é freqüente. Você lida bem com este público?
LOROZA – O jovem busca o que é diferente, quer revolucionar constantemente. Eu tenho muito em comum com eles neste ponto. Fora isso, em um meio tão instável, o carinho da audiência é o porto seguro do artista. Até porque, para fazer arte, tem de ser carente. Senão, não nos exporíamos desta forma! E eu não me escondo, continuo indo ao Mercadão de Madureira, perto da minha casa. Gosto de ser “atacado” pelo povo.




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