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Eleição põe o 'Fantástico' entre os melhores de 2003
Daniela Valente
Da TV Press
04/01/2004 | 18:26
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Aos 30 anos de existência, o Fantástico implementa seu estilo a cada domingo. O agora balzaquiano programa da Globo insere ou suprime quadros, séries e reportagens de acordo com as circunstâncias. Na área jornalística, alterna matérias sobre cultura, esporte, saúde, comportamento e notícias nacionais e internacionais. Dá ainda espaço a séries interessantes, como Grávidas e Quem é Normal?, e quadros divertidos, por exemplo Papo Irado e Retrato Falado. Tanta variedade valeu ao Fantástico o título de Melhor Programa Jornalístico de 2003 dentro da eleição Melhores & Piores, da TV Press.

Sob direção geral de Luiz Nascimento e comandado pelos jornalistas Glória Maria, Renata Ceribelli, Pedro Bial e Zeca Camargo, o programa impressiona pela linha diversificada. Na área jornalística, faz uma retrospectiva semanal, explorando as notícias mais importantes.

Neste ano, por exemplo, Pedro Bial e Glória Maria conseguiram uma entrevista exclusiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. De forma descontraída, Lula falou das reformas de seu governo, das viagens internacionais e até de sua bursite.

Já os quadros do programa se alternam entre a descontração e a prestação de serviços. O médico Dráuzio Varella orientou diversas pessoas a pararem de fumar na série Fôlego. Em Grávidas, ele ajudou gestantes a tomarem certas precauções durante a gravidez e no pós-parto.

Nos quadros humorísticos, uma antiga tradição do programa, o Homem Objeto, que falou sobre o comportamento do homem perante a mulher moderna, saiu do Fantástico para gerar a atual sitcom Sexo Frágil. No Papo Irado, Tati, personagem de Heloísa Perissé, entrega um pouco do que passa na cabeça de uma adolescente. E Retrato Falado, sempre interpretado por Denise Fraga, mostra a vida de anônimos que pedem para ver um pedaço curioso da história de suas vidas retratado na TV.

Se agora parece tão bem resolvida, nesses 30 anos a revista eletrônica dominical da Globo já atravessou transições delicadas. É difícil acreditar que o Fantástico um dia tenha deixado de dar notícias, como ocorreu em 1977. Nessa época, voltou-se para a linha de espetáculos, mas depois felizmente tudo voltou ao normal.

Também não dá para esquecer que os quadros dos mágicos David Copperfield e Mister M ocupavam um espaço que poderia ser melhor aproveitado. Mas isso logo foi verificado e ambos sumiram como num passe de mágica.

O grande segredo do Fantástico talvez seja a eficiente mistura de jornalismo com humor. A abordagem de temas diversos, que prendem o telespectador ou criam uma certa expectativa para o domingo seguinte, como as séries, também é um dos motivos para a longevidade do programa. Tudo pode ser tratado como “fantástico” no Fantástico.

Assunto, aliás, não pode mesmo faltar para que um programa se mantém no ar há 30 anos.




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