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Nossa Caixa volta a oferecer crédito ao setor de imóveis
Por Clarissa Cavalcanti
Do Diário do Grande ABC
22/07/2005 | 08:26
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As construtoras de imóveis residenciais receberão nesta semana mais uma opção de financiamento no mercado: a Nossa Caixa voltou, após 12 anos, a oferecer crédito para o setor. Segundo o gerente de negócios imobiliários a pessoas jurídicas do banco, Alcestes Rebelo Júnior, não há um valor de recursos definidos porque pretende atender toda a demanda que chegue na rede de agências. Para as pessoas físicas, o volume disponível é de R$ 360 milhões. A Nossa Caixa tem 20 agências na região do Grande ABC.

Os empréstimos têm como fonte de recursos os depósitos em caderneta de poupança e devem financiar até 80% da obra. As taxas de juros são de 12% ao ano e o prazo é de dois anos para construção e de seis para a comercialização do imóvel. De acordo com Rebelo, o banco procurou agilizar o processo e a liberação do dinheiro pode levar 20 dias se a construtora estiver com os documentos aprovados. "O nosso objetivo ao retornar para este mercado é incentivar a construção civil, a geração de empregos e diminuir o déficit habitacional."

No Grande ABC, a notícia foi recebida com otimismo pelos dirigentes do setor. A presidente do SindusCon-ABC (Sindicato das Indústrias de Construção Civil), Rosana Carnevalli, diz que essa nova opção de financiamento deve movimentar a construção e trazer novos empreendimentos para a região. "Algumas construtoras já analisam projetos. Precisamos agora buscar bons lugares com os papéis legalizados para adquirir o financiamento."

O vice-presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Casari, acredita que todo dinheiro a mais no mercado é positivo para o setor, mas taxas de juros ainda são um problema. "Este novo crédito aumenta a concorrência e quem sabe os bancos diminuam as taxas. Isso é importante porque os financiamentos ajudam outros setores além das construtoras".

Para Valdemar Pires de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Bernardo e Diadema, o momento é importante para a geração de empregos e renda. "Estou otimista, mas devemos fiscalizar se estes empregos serão com carteira assinada."

Dados da Abecip (Associação Brasileira de Instituições de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que o volume de financiamentos bancários para compra de imóveis residenciais, entre janeiro e maio, foi de R$1,676 bilhão, sendo R$ 909 milhões para produção e comercialização de imóveis.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, o total de recursos disponibilizados pelo banco é de cerca de R$ 11 bilhões. Desse total, foram destinados, entre janeiro e abril, mais de R$ 79 milhões para as construtoras.




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