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35 mil e-mails voando

Em julho do ano passado, a Prefeitura de São Bernardo procurou o 1º Distrito Policial da cidade para denunciar o roubo de informações confidenciais.

Por Do Diário do Grande ABC
27/01/2009 | 00:00
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Em julho do ano passado, a Prefeitura de São Bernardo procurou o 1º Distrito Policial da cidade para denunciar o roubo de informações confidenciais (nome, endereço, telefone e e-mail) de munícipe. O governo afirmava que 35 mil e-mails teriam sido copiados para encaminhar mensagens de cunho político contra a gestão William Dib e o então prefeiturável Orlando Morando. Inquérito foi aberto pelo delegado titular da Seccional na ocasião, Marco Antônio de Paula Santos, que colocou como parte na peça investigatória os funcionários comissionados Elenice Vieira, Ana Lúcia Almeida e Célio Soares, apontados como os que tinham a senha de acesso ao cadastro confidencial.

O delegado, um mês depois, foi transferido para o Decap (Departamento da Polícia da Capital), em uma promoção mais do que merecida. Elenice e Ana Lúcia (que seria prima ou sobrinha de Maurício Soares) deixaram a Prefeitura exoneradas pelo governo Dib, mas já estão de volta ao Paço, agora do outro lado, nomeadas por Luiz Marinho. Célio seguiu para São Paulo e hoje trabalha na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Capital. Quanto ao inquérito de suposto peculato (crime praticado por servidor público), caminha tão lentamente que até quem registrou o boletim de ocorrência nunca mais teve notícias sobre em que pé estão as investigações.

Enquanto isso, 35 mil e-mails estão voando por aí. Endereço eletrônico, a gente até muda, mas nome e endereço residencial... é complicado! Vai saber nas mãos de quem caiu essa lista.

Bastidores

Conta errada?
Surpresa: sábado de amanhã, alguns secretários da gestão anterior constataram a entrada de um dinheiro extra na conta corrente. É que a Prefeitura de São Bernardo resolveu começar a pagar as indenizações de quem pediu exoneração do Paço nessa troca de governo.

Traduzindo: primeiro escalão. Na cidade comenta-se que tem comissionados com direito a receber mais de R$ 100 mil em razão do acúmulo de férias vencidas e não desfrutadas. O que diz a Coordenadoria de Recursos Humanos sobre isso? Por outro lado, tem ex-secretário contratando matemático e contador para fazer o cálculo certinho. Em caso de erro da administração, promete ir à Justiça. Enquanto isso, os exonerados do segundo, terceiro, quarto e ene escalões acendem velas para todos os santos: o fantasma do precatório ainda sobrevoa o Paço.

Nota de padaria
O prefeito Aidan Ravin está com a pulga atrás da orelha nesse episódio das ONGs conveniadas com a administração de Santo André. Daí a contratação de uma auditoria. No caso da Castanheira é preciso ir fundo, inclusive com a participação do Ministério Público.

Afinal, a entidade com viés educacional foi criada por um ex-namorado de Cleuza Repulho, que foi secretária de Educação e hoje atua na mesma Pasta em São Bernardo, o que no mínimo gera uma pontinha de desconfiança sobre eventual privilégio. Ex-funcionários da ONG afirmam que na prestação de contas há notas fiscais de padaria, de almoços, de papelaria e de eventos sociais, estes últimos sem levantamento de orçamentos outros para comparação de preços.

Sempre corretor
Amélia Aparecida Couto Carneiro, mulher do Chiquinho do Zaíra (PSB-Mauá) leu nossa Cena Política (Chiquinho do Zaíra troca a política pelo ramo imobiliário) e pede espaço para um esclarecimento: "Gostaria de esclarecer que o Chiquinho é corretor há muitos anos, nunca deixou de exercer a profissão, faz política por paixão, por acreditar que com seriedade, humildade e respeito ao que é publico a cidade pode melhorar. Graças a Deus vivemos em um País democrático e a vontade do povo deve ser respeitada, assim como a verdade cedo ou tarde irá prevalecer". Ok, dona Amélia, respeitamos o Chiquinho, mas no cenário atual ele tem pouco (ou nenhum) espaço na política municipal, então está retornando à sua profissão.




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