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Moradores de dois bairros lutam contra ratos
Por Angela Martins
Especial para o Diário
06/01/2006 | 08:31
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Faz dois anos que a moradora do bairro Saracantan, em São Bernardo, Marli Francioso, 59 anos, liga para a Prefeitura e não consegue mais do que promessas para se livrar de uma vez por todas dos ratos que passeiam pela rua Lima Barreto, onde vive. “Liguei em maio do ano passado, por exemplo, quando um camundongo entrou na minha casa”, diz. De lá para cá, o problema só piorou. “Por causa da chuva na semana de Natal, os ratos passeavam pela rua, subiam nos muros”, revolta-se.

Há alguns dias, a Prefeitura efetuou a desratização, mas o serviço não foi suficiente para exterminar os roedores. Segundo a moradora, o problema está no terreno abandonado localizado no fim da rua. “A gente pede para limpar, mas não adianta”. Marli, que mora no bairro há 28 anos, conta que  pedidos para limpeza e desratização demoram três meses para ser atendidos. “Uma funcionária da Prefeitura chegou a me dizer que devíamos aprender a conviver com os ratos”.

A professora Célia Matos, 52 anos, moradora da mesma rua, também ligou várias vezes para a Prefeitura, sem sucesso. “Minha cachorra já pegou três ratos nesta semana”. Para amenizar o problema, os moradores muraram o terreno por conta própria e esperam que a Prefeitura dê um destino para a área. A Prefeitura informou que vai vistoriar o local e apurar as denúncias dos moradores.

Demarchi – Mas ratos não são exclusividade do Saracantan. No bairro Demarchi, moradores de um condomínio situado na rua Gregória de Fregel, brigam há dez anos contra os roedores. Nessa rua, um córrego e uma construção em andamento ao lado do condomínio atraem ratos e se transformaram em depósitos de lixo. A secretária Fernanda Muniz Câncio, moradora do condomínio, responsabiliza os funcionários da construtora. “Deixam um monte de comida no terreno, alimentam os ratos. Eu tenho criança pequena, tenho medo de doenças”.

Segundo Nivaldete Ferreira Santana, 37 anos, encarregada da limpeza do condomínio, a situação é insustentável. “A Prefeitura pediu para manter limpa a região, colocou remédio, mas não adiantou”. No entanto, o funcionário da construtora, Amauri Aparecido Reis, 46, garante que todo resto de comida é recolhido da área da construção. “Há muitos ratos por causa do córrego. A Prefeitura é que não vem limpar”.

O Controle de Zoonoses de São Bernardo informa que fez a desratização no córrego entre os dias 22 e 27 de dezembro.



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