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Consórcio Vem ABC diminui prazo para implantação da Linha 18-Bronze e prevê a entrega do modal em 2022

Concessionária diz ter investido R$ 5 milhões desde assinatura do contrato

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
05/03/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Embora esteja impedido de iniciar as obras da Linha 18-Bronze do Metrô até o fim de novembro, devido à ausência de decreto de utilidade pública que permite a desapropriação de moradias localizadas no trajeto do ramal, o Consórcio Vem ABC diz ter reduzido até o momento em, pelo menos, seis meses o tempo para implantação do sistema, previsto em contrato.

Com a medida, caso as obras sejam iniciadas ainda neste ano, a expectativa da concessionária é a de que o modal, que ligará municípios da região à Capital, esteja pronto em período de três anos, ou seja, até 2022. A informação consta em relatório fornecido pelo próprio Consórcio ao Diário.

Segundo o documento, a redução do tempo para implantação da Linha 18 deve-se a série de etapas já finalizadas pelo conjunto de empresas desde 2014, quando o contrato para construção do modal, por meio de PPP (Parceria Público-Privada), foi assinado.

Desde então, cerca de R$ 5 milhões foram investidos pelo Consórcio Vem ABC nos trabalhos de levantamento das áreas a serem desapropriadas, à execução de projeto básico de arquitetura, à elaboração dos termos de referência dos diversos sistemas, aos procedimentos para obtenção da licença ambiental, bem como aos estudos de interferências que a obra causará no entorno.

Apesar da dificuldade financeira enfrentada pelo governo estadual, o consórcio tem feito projeções promissoras em relação ao andamento do projeto. Uma delas é a possível captação de US$ 182,7 milhões (aproximadamente R$ 680 milhões, conforme cotação de ontem) junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para bancar a retirada de imóveis do trajeto do modal. A medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa no início do ano.

No documento ao qual a equipe de reportagem teve acesso, o Consórcio cita, inclusive, série de impactos com a possível mudança de modal, estudada pela atual gestão do governo estadual, conforme antecipado elo Diário.

Entre os impactos elencados pelo conjunto de empresas está a escolha de modal de menor capacidade de transporte, além da necessidade de nova licença ambiental e, consequentemente, atraso na implantação do sistema devido ao tempo necessário para cumprimento das etapas legais para licitação do empreendimento. O Consórcio cita ainda maior custo de desapropriação, já que grande parte do traçado da Linha 18 está na margem do Ribeirão dos Meninos, onde não existe viário local.

Projetado para ter 13 estações, saindo de Tamanduateí, em São Paulo, até o Centro de São Bernardo (parada Djalma Dutra), passando por São Caetano e Santo André, o monotrilho terá integração direta com as linhas 2-Verde do Metrô e 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Conforme o Consórcio Vem ABC, o modal funcionará como alternativa para otimizar o tempo de deslocamento dos moradores da região à Capital, com velocidade média de 35 km/h.

A expectativa é a de que, no primeiro ano de sua operação, a Linha 18-Bronze tenha demanda diária de 423.173 passageiros, o equivalente à população de Diadema. 




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