O governador José Serra embarca nesta sexta-feira para os EUA para tratar de empréstimos ao governo de São Paulo em organismos internacionais e vai aproveitar a viagem para uma conversa definidora, em Boston, com o ex-governador Geraldo Alckmin.
Serra está empenhado em pacificar o PSDB paulista e aceita a candidatura do ex-governador à Prefeitura, em 2008. Em troca, pedirá apoio de Alckmin para ser candidato à sucessão de Lula.
Com essa conversa, Serra dá a partida a uma série de movimentos para unir o PSDB paulista. Quando esteve no Brasil há um mês, Alckmin deixou claro a aliados que será candidato à Prefeitura de São Paulo para retomar a sua carreira política. Serra captou esses recados e desistiu de bancar a candidatura do prefeito Gilberto Kassab à reeleição.
O governador dirá a Alckmin que trabalhará por sua candidatura e que os dois têm uma missão conjunta agora: unir o PSDB paulista.
Como Serra dirá a Alckmin o que ele quer ouvir, é provável que a conversa entre os dois defina o candidato tucano à prefeitura no ano que vem. E é bastante provável que Alckmin aceite apoiar Serra em 2010. Há um mês ele disse a amigos que o apoio mútuo entre ele e Serra era um caminho natural.
Um indicativo de que Serra está empenhado em uma conversa pacificadora com Alckmin foi a licença para afastamento publicada quinta-feira no Diário Oficial paulista. Além dele próprio e de assessores que vão acompanhá-lo a Nova York, Serra vai levar o seu secretário de Relações Institucionais, José Henrique Lobo, que no ano passado coordenou as campanhas de Alckmin e do governador.
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