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Caldo entornou no Paço de Diadema
Por Fábio Martins
28/04/2018 | 07:00
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Desde o penúltimo encontro com o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), no Palácio dos Bandeirantes, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tenta apelar ao líder socialista no Estado a entrar em um acordo político e dificultar o caminho da candidatura a deputado do presidente da Câmara diademense e seu primo, Marcos Michels (PSB). O pedido passa até ao extremo de negar legenda na disputa por vaga à Assembleia Legislativa. Isso porque Lauro tenta evitar possível eleição, que poderia cacifar o vereador na empreitada de 2020. O verde já sinalizou que dará apoio no pleito ao vice-prefeito Márcio da Farmácia (Podemos), também na briga por cadeira no Parlamento paulista. França teria indicado a pessoas próximas do grupo que não prejudicará a movimentação de Marcos, uma vez que a ida do vereador ao PSB em 2016 partiu do próprio Lauro e que não tem culpa de o caldo ter entornado.

BASTIDORES

Não há vagas
Apesar de demonstrar confiança em possível candidatura a deputado federal, o vereador de São Bernardo Rafael Demarchi (PRB, foto) ainda não tem garantia de legenda para disputar vaga no Congresso Nacional. O PRB são-bernardense estuda a alternativa para o processo eleitoral, só que não houve sinal verde ao pleito, pelo menos até agora. Em 2016, a legenda no âmbito municipal apoiou a candidatura ao Paço do já deputado federal Alex Manente (PPS), que busca sua reeleição na empreitada de outubro.

Apoio vizinho
Vice-prefeito de São Caetano e secretário de Esportes, Beto Vidoski (PSDB) tem dado sinais de que vai apoiar a empreitada eleitoral de Thiago Auricchio (PR), filho do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), e que concorrerá na chapa do governador Márcio França (PSB). Em evento recente na cidade, o número dois do Paço frisou que desistiu de entrar na disputa e disse que “não poderia ser diferente” em aderir à campanha de Thiago. “Nós vamos ajudar a eleger o pré-candidato Thiago Auricchio a deputado estadual.” O vereador de Santo André Professor Jobert Minhoca (PSDB) também conta com eventual suporte do correligionário.

Indo na rabeira
Diante do movimento da Câmara de São Caetano para suspender repasse acordado da Prefeitura, chefiada por José Auricchio Júnior (PSDB), ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, no valor de R$ 1,2 milhão, foi a vez de os vereadores de Rio Grande da Serra também iniciarem articulação para suprimir texto que trata da contribuição financeira para a entidade regional. Cabe lembrar, no entanto, que a cidade contabilizou recursos federais para obras de Mobilidade Urbana a partir de tratativas do Consórcio.

Por falar em Consórcio
Apesar de já fora do Consórcio Intermunicipal, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), voltou a criticar o colegiado ao dizer que discorda do modelo da entidade. Além de não reconhecer a dívida que a instituição cobra na Justiça, ele informou que vai pedir estorno de todo o repasse firmado pelo Paço desde a sua inauguração.

Zé Nelson e polêmicas
Parlamentar de Ribeirão Pires, José Nelson de Barros (MDB) foi multado pela Prefeitura em R$ 299 mil por desmatar um terreno da cidade. Mesmo não sendo proprietário da área, o emedebista vendia lotes do local para pessoas construírem casas. Não é a primeira vez que o vereador aparece em polêmica. Em julho do ano passado, ele chegou a ser detido após atropelar ao menos duas mulheres no Centro de Ribeirão Pires. À época, havia a suspeita de que tivesse dirigido bêbado. Foi liberado, na ocasião, para responder por lesão corporal e embriaguez ao volante.  




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