Símbolo do bairro, localizada em frente ao Cemitério da Saudade, estava infestada por cupins
Acostumados com a presença de paineira centenária em frente ao Cemitério da Saudade, na Vila Assunção, em Santo André, a população do bairro ainda sente dificuldades para aceitar a ideia de observar, no lugar da imponente árvore, apenas um tronco. O considerado cartão-postal da área precisou ser removido pela Prefeitura, após ter sido infestado por cupins e apresentar risco à comunidade.
Construtor, há 44 anos, do Cemitério da Saudade, Mario Sergio Antoniol, 66 anos, conta que a paineira foi cenário de inícios de namoros e presenciou a formação de famílias inteiras, até mesmo a de pica-paus que se mudou para a árvore pouco tempo antes de ela ser cortada. “Ela era um patrimônio que a gente tinha aqui. Um pica-pau chegou a construir ninho nela, teve dois filhotes”, diz o construtor.
A beleza da figueira, principalmente durante a primavera, é o que mais é lembrado pela comunidade. A florista portuguesa Maria Leonor Pinto Vieira, 79, diz que a árvore já impressionava há 57 anos, quando a moradora desembarcou no bairro. A florista, que possui comércio na Avenida da Saudade há pelo menos 40 anos, lembra quando as flores desabrochavam e as painas chegavam a cobrir o chão de branco. “Ela vai fazer falta na primavera. Era o cartão de visitas da Vila Assunção. As flores eram até mais bonitas do que as nossas”, brinca a florista.
Apesar de saudosas, as pessoas entendem o motivo pelo qual a árvore foi podada. “Ela estava perigosa. Os galhos caíam com frequência, poderia machucar alguém”, diz Maria.
A Prefeitura estuda o plantio de novo jardim no local, com árvore de menor porte.
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