Com penteados de iroquês ou usando gorros andinos e calçada com botas de pele, a mulher Dior imaginada pelo estilista John Galliano se veste com calças de couro bordado e jaquetas de pele de carneiro ou de cabra, prevendo um inverno rigoroso.

Rigoroso, mas nada triste: os jacquards, os ouros e lantejoulas, as cores vermelha e açafrão orientais darão brilho ao pálido sol de inverno. Surpreendentes a saia em patchwork de veludo bordado de vermelho e bordô, ou o vestido de jeans bordado e de amplas costas. Os estampados floridos de inspiração leste-europeu combinam-se com longos abrigos em peças de crochê multicolorido e com os pulôveres latino-americanos.

Para a noite, o negro pode ser usado em vestidos que brincam com a transparência da seda ou com o veludo. As leves musselinas "se descolorem" em amarelos e rosa pálido.

O japonês Yohji Yamamoto opta por brincar com os volumes e as estruturas das peças. Bonés usados para trás em suas mulheres evocam os garotos de bairro em versão Chaplin. O jeans cinza ou azul de uma calça ou uma jaqueta é retrabalhada primeiramente nas proporções e se converte, em seguida, em acessório de uma longa e ampla saia negra.

A linha é masculina nos amplos trajes, nas sobrecasacas longas até os pés ou nos spencers com ombreiras. O toque feminino é dado pela lã. Pulôverers-echarpes são combinados com um top mais fino. O pulôver de mohair laranja envolve o busto e contrasta com justas pantalonas azuis.

Os belgas Ann e Filip Vandervorst propuseram uma coleção voltada para as cores, com variações gráficas do amarelo e do negro e combinação de listras largas. Os redingotes são usados com shorts negros.

Christian Tournafol busca inspiração nos colégios ingleses. O cinza predomina em um guarda-roupa no qual as sais plissadas são usadas com spencers negros e finos pulôveres brancos de gola alta. Para quebrar a monotonia, ele recorre aos contrastes, com pantalonas justas ou as superposições de conjuntos de jaquetão e ou pantalonas de couro mesclado com lycra.