O Indesp (Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto), ligado ao Ministério do Esporte e Turismo, anunciou que o Brasil vai ter seu primeiro laboratório especializado em exames antidoping. Este será o 28º laboratório do mundo a ser credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional. O objetivo é tirar o país do atraso na luta contra o doping esportivo.

Esta é uma das quatro açoes planejadas pelo Instituto para colocar o Brasil no circuito mundial contra o doping. Para dar início aos trabalhos, o Indesp está providenciando a compra de um espectômetro de massa, importado da Inglaterra. O equipamento é imprescindível para que os testes sejam realizados. O aparelho será instalado no Laboratório de Controle de Dopagem, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que deve estar credenciado até setembro.

Segundo o presidente do Indesp, Augusto Viveiros, uma nova política está sendo criada, dando um grande passo em benefício do esporte. "É verdade que o Indesp estava omisso com relaçao aos exames antidoping, mas agora estamos revertendo esta situaçao", disse nesta terça, em Sao Paulo, durante o lançamento do 1º Congresso Internacional Antidoping, que vai ser realizado de 27 a 29 deste mês na cidade.

Agora, o trabalho está também ligado à área jurídica. Isso porque serao necessários a formulaçao de uma lei e a aprovaçao à introduçao nas bulas dos remédios de alertas para os usuários do medicamento sobre as substâncias que sao consideradas doping.

Outra busca do Indesp está diretamente ligada à participaçao do Brasil na Wada, agência mundial antidoping. Se confirmado, o país estará entre os 16 países integrantes da Comissao Executiva.

Para trabalhar junto ao Comitê Olímpico Brasileiro e das confederaçoes, o Indesp promete agir junto às 37 confederaçoes que nao informaram sobre suas açoes e políticas antidoping. Entre elas estao as de futebol, nataçao, basquete e vôlei. Apenas 14 confederaçoes responderam às solicitaçoes do Instituto.