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Mulher é assassinada com 3 tiros e ex-marido suspeito desaparece
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
16/12/2005 | 08:20
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A ajudante Priscila Aparecida da Conceição, 23 anos, foi assassinada com três tiros quinta-feira pela manhã na avenida Tietê, no bairro Campestre, em Santo André. Segundo uma irmã de Priscila, que presenciou o crime, o homicídio foi cometido pelo ex-marido de Priscila, o auxiliar de serviços gerais Cláudio Bispo Verdeiro, 30.

De acordo com depoimento da irmã à polícia, Verdeiro cometeu o homicídio por não concordar com a separação, ocorrida há três meses, e por não poder mais ver o filho de 7 anos. O ex-marido já havia feito ameaças de morte à Priscila. Desde o assassinato, Verdeiro está foragido.

Priscila morava com a mãe e o filho no bairro Utinga, em Santo André, e trabalhava no bairro Campestre. Quinta-feira, às 7h30, caminhava em direção ao trabalho com a irmã e duas amigas quando foi atacada pelo ex-marido.

Segundo uma das testemunhas, Verdeiro apareceu perto delas inesperadamente dirigindo uma moto. Estava de capacete, mas mesmo assim teve as características físicas reconhecidas pela cunhada.

O homem estacionou a moto na calçada da avenida, perto de Priscila, desceu e sacou uma pistola calibre 380 que estava na cintura. Verdeiro teria apontado a arma para a ex-mulher. Antes de ser baleada, a irmã de Priscila diz que ela tentou convencer o acusado a não cometer o crime gritando: “Pára, Cláudio, pára”.

Verdeiro não atendeu a ex-mulher e disparou cinco vezes contra ela, acertando três tiros na região do peito. Após isso, montou na moto e fugiu. Desesperada, a irmã da vítima telefonou para o 190 da Polícia Militar e solicitou ajuda. Os policiais levaram Priscila para o Centro Hospitalar Municipal, mas ela não resistiu aos ferimentos. Os policiais tentaram encontrar o acusado do assassinato na casa onde estava morando, no Centreville, mas não obtiveram sucesso.

A irmã da vítima relatou à polícia que Verdeiro não se conformava com a separação do casal e que ele já havia feito ameaças de morte a sua irmã. Priscila não acreditava que o ex-marido pudesse concretizá-las. De acordo com a irmã da vítima, Verdeiro também não admitia que a ex-mulher criasse obstáculos para ele ver o filho do casal. A reportagem entrou em contato com a irmã de Priscila e outros membros da família da vítima, mas ninguém quis dar declarações.

Facadas – Não é o primeiro caso de crime passional entre marido e mulher ocorrido neste ano na região. Em 22 de setembro, o pedreiro Ezequiel Pereira, 36 anos, foi acusado de matar a facadas a ex-mulher, a faxineira Cláudia Regina dos Santos, 35, no bairro Cata Preta, em Santo André. O crime ocorreu em frente ao portão do centro comunitário do Cesa (Centro Educacional de Santo André), onde ela trabalhava.

Preso no 6º DP, o pedreiro confessou o assassinato. “Matei por amor. Fiquei sabendo que ela estava com outro homem. Então, não suportei a dor e acabei cometendo essa loucura”, afirmou Pereira.

Em 3 de agosto, a vendedora Keila Meira da Silva, 22 anos, foi morta a tiros por dois homens contratados pelo ex-marido, o gráfico desempregado Carlos Ednaldo Pereira da Silva, 27. O crime ocorreu na Vila Curuçá, em Santo André. O gráfico pagou R$ 1 mil para que Fábio de Moraes, 21, e Wesley Molinario Guedes, 19, cometessem o homicídio. Os três foram presos um dia depois. O ex-marido não se conformava com a separação, ocorrida quatro meses antes.

Em 1º de agosto, a balconista Ivanise Delmira da Silva, 26 anos, foi assassinada na loja onde trabalhava, localizada no Jardim Canhema, em Diadema. Segundo sua patroa, que presenciou o crime, o marido da vítima, o auxiliar de produção Célio Roberto Ponte, 28 anos, foi até a loja e disse para ela reatar o casamento. Ivanise havia saído de casa uma semana antes. Diante da negativa, ele esfaqueou a mulher e fugiu.

Em 15 de maio, um crime passional brutal ocorreu por causa de separação entre marido e mulher. Mardoni Golçalves Lima, 27 anos, morador de Mauá, confessou que incendiou a secretária Caroline Bonomi, 23, e o namorado dela, o técnico em telecomunicações Rafael Tiago Sartori. Ambos foram amordaçados e queimados em uma praça na Vila Califórnia, zona Leste da capital.

Lima afirmou que o crime foi uma vingança contra a família de Sartori, que não o deixava ver a ex-mulher e filha. Lima havia se separado da mulher por iniciativa dela, seis meses antes.




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