Setecidades Titulo Jardim Alvorada
Executivo pede reintegração de posse de terreno ocupado por movimento

Integrantes do MTST acampados desde sábado querem moradia digna

Natália Scarabotto
Especial para o Diário
12/07/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Prefeitura de Santo André entrou ontem com pedido de reintegração de posse de terreno no Jardim Alvorada, ocupado desde sábado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

A decisão foi tomada após reunião com líderes do movimento. De acordo com uma das coordenadores do MTST Maria das Dores, assim que notificados, os ocupantes irão recorrer na Justiça.

Em nota, a Prefeitura afirma também que manterá as negociações abertas e espera desocupação pacífica até o fim deste mês. “A gente vai sair se houver a proposta e a negociação que acertamos na reunião. Queremos garantias de que as famílias consigam moradias dignas”, afirma a coordenadora do movimento.

No encontro, ficou acordado que o MTST encaminhará propostas, que serão analisadas pela administração municipal, para a construção de habitações para as 1.100 famílias que ocupam a área.

Devido as reclamações do movimento em relação a integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal), que está no local desde o dia da ocupação, ficou acertado que a corporação continuará fazendo o seu trabalho, pois o terreno é área pública, mas sem revistas ou qualquer tipo de pressão para a saída imediata das famílias que estão no local.

 

OCUPAÇÃO

Por volta da meia-noite de sábado, em torno de 1.000 famílias ocuparam o terreno vazio na Rua Professor Antônio Seixas Leite Ribeiro. No dia seguinte, mais uma centena delas se juntou aos primeiros ocupantes.

A área, que tem cerca de 15 mil m², está tomada por barracas de moradores da região. O terreno é 90% público e os outros 10% pertencem a uma concessionária de energia elétrica.

O MTST montou banheiros coletivos para as pessoas e a alimentação é produzida em conjunto. “É como uma família mesmo, uma relação de troca em que cada um olha a necessidade do outro e auxilia como pode”, diz Maria das Dores.

 




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