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USCS contrata pesquisador da pílula do câncer

Professor Marcos Vinícius de Almeida fará estudos químicos sobre os efeitos da fosfoetanolamina

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
12/03/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O pesquisador Marcos Vinícius de Almeida, um dos detentores da patente da fosfoetanolamina, mais conhecida como pílula do câncer, será contratado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) como pesquisador convidado para dar prosseguimento aos estudos relacionados à substância. A parceria, já anunciada pelo Diário no dia 26 de fevereiro, ocorrerá em paralelo às pesquisas clínicas que serão realizadas em laboratório particular em Cravinhos, no Interior do Estado.

Conforme o reitor Marcos Sidnei Bassi, o pesquisador já encaminhou projeto preliminar sobre os estudos, que deverão ser detalhados nas próximas semanas. Almeida será contratado como pesquisador convidado e terá de cumprir carga horária de 20 horas semanais. “Nossa intenção é que ele (pesquisador) realize pesquisa laboratorial sobre a parte química da substância. Os testes clínicos já são um passo a mais e serão realizados no Interior”, destaca.

Bassi se refere às pesquisas, também sob o comando de Almeida, que receberam nesta semana, autorização da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde) para serem desenvolvidas. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou, inclusive, liberação de R$ 2 milhões para os trabalhos, que deverão ser realizados com até 1.000 pacientes. A estimativa é que os estudos comecem até o início de 2017.

O pesquisador já havia informado que a pesquisa financiada pelo governo do Estado é necessária para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) possa registrar a substância. A expectativa é que os primeiros resultados sejam conhecidos daqui um ano e meio. Até o momento, o que se sabe, segundo Almeida, é que a fosfoetanolamina tem efeito positivo sobre alguns tumores. No entanto, os pacientes precisam ser catalogados e os resultados avaliados cientificamente.

Embora seja considerada possibilidade de cura para diversos tipos de câncer, a fosfoetanolamina não é um medicamento, já que não foi testada cientificamente em humanos. Ainda assim, pacientes recorrem à substância, distribuída no campus de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo), via medida judicial, na esperança de se curarem do câncer.




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