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Lançamentos de imóveis crescem 68,5% na região este ano
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
19/09/2008 | 07:08
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Desde 2005 o Grande ABC mantém um ritmo de crescimento no setor imobiliário que, entre 2007 e 2008 atingiu seu ápice. Somente no primeiro semestre deste ano, houve 6.498 lançamentos imobiliários na região, número 68,5% superior em relação ao registrado nos primeiros seis meses do ano passado.

Para Milton Bigucci, presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), o que tem puxado tal crescimento é o "longo prazo de pagamentos que os bancos oferecem". Segundo ele há financiamentos de até 30 anos.

São Bernardo lidera o ranking dos lançamentos, com 4.042 unidades no primeiro semestre, o que equivale, em valores, a R$ 972,1 milhão, Em segundo lugar encontra-se Santo André, com 1.352 unidades - R$ 294,3 milhões. Em seguida vem São Caetano, com 1.104 unidades equivalentes a R$ 493,2 milhões. As demais cidades da região não são consideradas na pesquisa por não terem índices suficientes.

Os preços dos imóveis lançados este ano foram superiores aos do ano passado. Um apartamento de dois dormitórios, por exemplo, passou de R$ 109,3 mil para R$ 130,8 mil. Bigucci justifica que o acréscimo de valor não implica somente aumento de custo, mas que a metragem quadrada pode ter mudado.

Vendas - No primeiro semestre deste ano, foram vendidas em média 800 unidades por mês no Grande ABC, totalizando 5.216 apartamentos - R$ 1,410 bilhão. A velocidade da comercialização atingiu um ritmo de 13,5%, menor que em 2007, quando o índice foi de 23,4%. Para o presidente da Acigabc, no entanto, o mercado continua bom. Com os juros baixos na oferta de crédito o setor deve prosseguir aquecido.

O valor médio das unidades manteve-se praticamente estável para apartamentos de um e três dormitórios. Já no de dois dormitórios, o preço subiu de 13,3% para 17,8%. "Isso ocorre porque ninguém mais procura por imóveis de um quarto. O preço não justifica, pois é muito próximo ao de dois quartos".

Ao todo, tem-se uma relação de 6.498 imóveis lançados no primeiro semestre, e 2.704 vendidos.

Escassez - Segundo Bigucci, faltam terrenos em Santo André, São Bernardo e São Caetano. "Os preços praticamente dobraram de um ano para cá. Hoje, muitas construtoras nem compram mais terrenos, pois já estão estocadas. Se fossem construir ao preço de hoje, os imóveis teriam preços bem maiores", explica. Ele acrescenta que muitas construtoras de outros municípios vieram procurar áreas na região, pois eram tradicionalmente mais baratas.

"A expansão para os demais municípios é uma alternativa", afirma Bigucci. "Muitas construtoras estão buscando espaço em Diadema, por exemplo. E isso é importante para se desmistificar a imagem de que é difícil vender lá", analisa.

As projeções de lançamento devem se manter apenas para o segundo semestre. Em 2009, entretanto, devido a quantidade de estoque de apartamentos, o ritmo de crescimento dos lançamentos deve diminuir - também pela escassez de área livre. "Temos um grande volume de unidades à venda, o que proporcionará uma elasticidade ao mercado", afirmou o empresário.




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