Para garantir o ritmo de crescimento da concessão de empréstimos para a compra da casa própria pela baixa renda e direcionar recursos para a pavimentação de vias urbanas, o conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) decidiu ontem reforçar em mais R$ 6 bilhões os repasses para os programas habitacionais e infraestrutura urbana. Com isso, o orçamento para habitação popular subiu de R$ 20 bilhões para R$ 23 bilhões. O recurso destinado para infraestrutura saltou de R$ 8 bilhões para R$ 11 bilhões.

Apesar de liberação adicional ter sido aprovada às vésperas das eleições presidenciais, o vice-presidente de fundos de governo e loterias da Caixa Econômica Federal, Joaquim Lima, explicou que, normalmente em agosto, é feita revisão de como está a liberação dos financiamentos com recursos do FGTS para verificar se há ou não necessidade de complementação de recursos. "Já fazíamos essas revisões em agosto. Não mudou nada", ressaltou, frisando que nova reunião do conselho curador só acontecerá no fim de outubro.

No caso da habitação, explicou Lima, a principal linha de crédito tinha orçamento de R$ 10,1 bilhões para o ano. "Já foi contratado R$ 8 bilhões dessa linha. No ritmo em que está a liberação, o recurso restante acabaria em 30 dias. Por isso, decidimos fazer suplementação de R$ 3 bilhões, que deverá suficiente para atender à demanda até o fim do ano", disse o vice-presidente.

Com esse recurso extra, Lima ressaltou será suficiente para financiar 75 mil unidades habitacionais.