Política Titulo Resgate de alianças
Lauro procura comando do PRB para impedir projeto solo

Prefeito de Diadema tenta resgatar aliança e evitar que partido abra portas para Vaguinho

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/08/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Depois de forte articulação para trazer o PSB à lista de aliados, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tenta fechar as portas do PRB para projetos eleitorais paralelos. Nesta semana, vai se reunir com Marcos Pereira, presidente nacional do PRB, com objetivo de resgatar a legenda ao arco de aliados e impedir possibilidade de candidatura própria.

O PRB ficou na base de sustentação de Lauro até o primeiro semestre, tendo, inclusive, espaço no secretariado. Chegou até a ser cotado para indicação de vice, conversa que não avançou. Depois disso, a cúpula municipal decidiu migrar para a oposição e começou diálogo com o vereador Vaguinho do Conselho, em litígio no PSB porque quer ser candidato a prefeito em 2016.

O alto comando do governo acredita ser possível avançar no diálogo com Marcos Pereira, principalmente se houver intermediação de Edson Aparecido (PSDB), secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. O objetivo é reproduzir o arco de aliados de Alckmin na eleição em Diadema, incluindo o PSDB.

Caso a articulação do verde se efetive, Vaguinho terá apenas o caminho do PTB como possibilidade de lançamento de candidatura própria por partido de expressão. Na sexta-feira, o ainda socialista se reuniu com o deputado estadual Campos Machado, que preside o PTB paulista, e ouviu do dirigente que sua proposta eleitoral tem espaço em trincheira petebista, principalmente porque a sigla vai caminhar em raia oposta à de Lauro.

PRESSÃO
Paralelamente à conversa com Marcos Pereira para fechar com o PRB para o pleito do ano que vem, Lauro avisou o presidente da Câmara, José Dourado (PSDB), para que cargos ligados ao partido sejam exonerados na Casa. O principal deles é de Dário Barbosa, presidente do PRB diademense e que atua como assessor da presidência do Legislativo.

A vaga cedida a Dário esteve no acordo para que o PRB apoiasse o nome de Dourado no pleito interno. Por isso, o tucano reluta em demitir o mandatário republicano, embora a pressão esteja cada vez maior – o tema volta à tona a cada votação que o PRB vota contra o governo.

A legenda tem dois vereadores: Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes. O segundo se mostra completamente alinhado ao Paço. Mas Yoshio, que chegou a figurar na lista de Lauro como possível vice, demonstra descontentamento com o governo e constantemente vota com a oposição.

Dário Barbosa não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o assédio do prefeito. 




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