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Ficou velho?
Quando a relação acaba; o que fazer com o carro impróprio ao uso

Quando o veículo chega ao fim da linha é preciso pedir baixa definitiva; abandonar na rua é proibido

Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
04/10/2019 | 07:25
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Denis Maciel/DGABC


O companheiro de viagens abriu o bico, foi seriamente danificado em uma batida ou simplesmente se deteriorou pelo tempo de uso. Então é preciso achar a forma correta de desapegar. Simplesmente deixar os restos mortais do veículo pelas ruas, seja à espera de dias melhores para fazer aquela reforma, ou simplesmente porque a relação acabou e não há mais nenhum interesse, é que não pode. Além de ser proibido por lei, ainda gera desconforto para a vizinhança, pois pode tornar-se criadouro de mosquitos ou mesmo esconderijo para assaltantes.

Segundo o Detran-SP (Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo), os proprietários jamais devem simplesmente deixar os carros nas vias. Para inutilizar o veículo, é preciso providenciar a baixa definitiva do registro.

Para desapegar corretamente, é preciso procurar um desmanche credenciado, cuja relação está no site do Detran-SP (www.detran.sp.gov.br), na opção ‘desmontes’, sempre lembrando que antes de ser desmontado ou ir para reciclagem, é preciso realizar a baixa definitiva.

Para fazer isso, o proprietário deve comparecer à unidade do Detran em que o veículo está registrado para entregar as placas, o recorte da numeração do chassi e o CRV (Certificado de Registro de Veículo) original. Não é preciso levar o veículo e o serviço é isento de taxas. Porém, é necessário quitar todos os débitos, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), multas e seguro DPVAT.

A baixa do registro pode ser solicitada quando o veículo é tirado de circulação por estar em condição impossível de ser recuperado, ser definitivamente desmontado, sinistrado com laudo de perda total ou vendido ou leiloado como sucata.

Nas ruas da região dá para notar que isso nem sempre é levado em conta. Em setembro, o Diário publicou reportagem que apontava o recolhimento de 354 carros pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano entre janeiro e julho, sem contar as muitas carcaças encontradas pela equipe ‘estacionadas’ permanentemente nas vias.

O número de latas velhas tiradas das ruas é 23% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Elevação atribuída à crise econômica.
“Em uma análise preliminar sobre toda essa situação, consigo enxergar reflexo imediato do cenário econômico, não só no Grande ABC, mas em todo o País. Muitas vezes abandona o carro por ter ficado desempregado ou porque o veículo apresenta problemas de manutenção e até por dificuldade para pagar o financiamento”, afirmou Ênio Moro Junior, gestor do curso de arquitetura e urbanismo da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e especialista em planejamento urbano.

Caso o veículo seja guinchado e posteriormente o dono tenha interesse de retirá-lo do pátio, deverá pagar todas as pendências financeiras, arcar com as diárias do pátio (R$ 35,24 para veículos de passeio, R$ 50,85 para caminhões), custos da apreensão/remoção (R$ 113,30) e os custos do guincho (R$ 261,63). 




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